tag:blogger.com,1999:blog-50563349928007288422024-03-27T06:38:18.889+00:00POR UM PUNHADO DE EUROSPedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.comBlogger885125tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-52735111400070112802023-11-01T20:49:00.022+00:002023-11-03T23:57:04.182+00:00Chegou aquela altura do ano: SpagvemberFest 2023!<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj5-mOuNlPxKZHT9mt1XQHHWouY_xSvBTG3gzrwU5oEOcsaXSLyAzKmYJQrFDA3BY8fPid07ZT8Jujb4OscX_ojSvIJ5Qc4K4DPZcLTEqimNZFVqdOZTbffIojDBy570u4h2NrExl37Spu72iqVx1L_MyKzdwzisTEGrfko7VJPlngNbDyyfr7TGQL4uPU=s16000" /></div><span style="font-family: inherit;"><br /><div style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit; text-align: justify;">Começa hoje mais uma edição do #spagvemberfest um evento anual que propõe maratonar westerns-spaghetti durante os trinta dias do mês de Novembro. Saibam mais em </span><a href="https://forum.spaghetti-western.net/t/spagvemberfest-2023-or-the-crows-will-drink-our-beers/7454/13" style="font-family: inherit; text-align: justify;" target="_blank"><b>The Spaghetti Western Database - SWDb</b></a><span style="font-family: inherit; text-align: justify;">. P</span><span style="font-family: inherit; text-align: justify;">articipem e divirtam-se!</span></div></span></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-48207408327710263872023-09-01T23:39:00.007+01:002023-11-03T23:45:54.761+00:00Projectos jamais finalizados: Jorge Rivero como Sartana! As conclusões possíveis!<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/gnaEsyoHQFg?si=-o74cj_ToOKmhkaw" title="YouTube video player" width="500"></iframe>
<div style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: left;">E passado algum tempo, eis que Mike Malloy tira as conclusões possíveis sobre o imbróglio destas produções perdidas. </div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-77394393353355555072023-03-26T17:10:00.000+01:002023-03-29T12:56:59.279+01:00Projectos jamais finalizados: Jorge Rivero como Sartana!<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/gJ3EGHmkBFo" title="YouTube video player" width="500"></iframe>
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Da série projectos jamais finalizados. Este teria Jorge Rivero como protagonista. Rivero interpretaria a famosa personagem, <b>Sartana</b>. A realização seria de Mario Siciliano (<a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Vigliacchi_non_pregano,_I" target="_blank"><b>I Vigliacchi Non Pregano</b></a>), que teria contributo na produção de Venezuelanos e Mexicanos. Mas o projecto nunca viu a luz do dia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br></span><span style="font-family: inherit;">Segundo o relato de Rivero, seriam três filmes, filmados de rajada. Se assim foi, ou não, provavelmente nunca saberemos. O que podemos suportar ao vídeo abaixo, é a informação do investigador do género, Marco Giusti, que no seu <b><a href="https://www.amazon.it/Dizionario-western-allitaliana-Marco-Giusti/dp/8804572779/ref=sr_1_1?__mk_it_IT=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=296H7L2RPXJ19&keywords=Dizionario+del+Western+All%27italian&qid=1679846666&sprefix=dizionario+del+western+all+italian%2Caps%2C122&sr=8-1" target="_blank">Dizionario del western all'italiana</a></b> refere a existência de dois desses filmes: "Arriva Sartana" e "Adiós Sartana".</span><span style="font-family: inherit;">Para um deles terão chegado a fazer-se locandinas. Investigue-se!</span></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-53472103520209028982022-11-01T20:12:00.000+00:002022-11-01T20:12:10.522+00:00Começa mais um SpagvemberFest! <div class="separator" style="clear: both;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb3OMkChgiNGt6S3WewMUxzvUubtoe0nDDwq9LjDJ8ViaJlP_usgKbLf9v-cX9VrIHoNjS8ZDD2wdpHsrH59hueXGcvcH0tHgrKtY5kaDtJ3ppfIisTm0u_xs6nSj50p5njO0zHPdV2958kahdZHQno9rqxrumMGjHT8gAFogRAVtkvtGb065D1D4T/s16000/spagvemberfest2022go.png" /></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">O 1° de Novembro assinala o arranque de mais uma maratona SpagvemberFest. A iniciativa da casa mãe <b><a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Main_Page" target="_blank">The Spaghetti Western Database - SWDb</a></b> propõe que durante a totalidade do mês de Novembro se mude o chip dos filmes da moda em favor do resgate dos velhinhos westerns-spaghetti. Aproveitem que o frio chegou e deixem as paisagens de Almeria tomar conta dos vossos televisores. Bons filmes!</div><br />Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-21649765523880421222022-09-22T21:48:00.003+01:002022-09-22T21:48:49.498+01:00Teaser para a série reboot de Django!<p> <iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="306" src="https://www.youtube.com/embed/7zFS2asT7fY" title="YouTube video player" width="500"></iframe></p><div style="text-align: justify;">Vagamente inspirado no filme cult de Sergio Corbucci, "Django" conta a história de um homem que busca vingança e que acaba lutando por algo maior. O primeiro teaser trailer já aí está e regalem-se por ver a excelente Noomi Rapace num papel de peso. Os mais sortudos poderão assistir à estreia em Outubro, no Festival de Cinema de Roma. Não consta que exista previsão de data de distribuição em Portugal. </div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-76547964867680032272022-08-16T19:14:00.002+01:002022-08-17T08:16:03.907+01:00Quei disperati che puzzano di sudore e di morte (1969 / Realizador: Julio Buchs)<div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQLtOZZHItfFgjrD9nuWiso9M14_F3wraUaFldr1ZQ_s_prBca7TUqd7Y4eNMCkWqlHpExo79cXbBZhZXCIhL2-HXxly5WMRblL0AHFTMIdlh-CEbAYPDPDmvxUkI57PtXb9m7NNZ7tC-X1hqcDl9CBXFrHEW3i4zSDWrHWR-UgI1BihL1m-zFN6Kn/s16000/OIP.jpg" /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Noticias do eminente parto de Rosa, fazem com que o soldado confederado John Warner deserte da sua unidade. Uma fuga que rapidamente termina, por azar ele bate de caras com outra unidade confederada em patrulha no deserto. Devolvido à procedência, decidem as patentes de serviço que em vez de o submeterem a tribunal militar, seja designado à desmoralizante tarefa do enterro de soldados inimigos em valas comuns.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As coisas não correm de feição ao soldado Warner e só tendem a piorar. Na vala encontra um soldado nordista moribundo, o pedido de auxílio que lança é rejeitado e recebe antes ordem para apertar o fagote ao desgraçado. Dá-se uma disputa com oficial ordenante e Warner acaba por matá-lo acidentalmente. Está tudo f*dido! Em pânico, ele e os companheiros designados às valas comuns chegam à conclusão de que não têm outra alternativa senão meter-se ao fresco, certos de que a hierarquia militar não lhes daria o benefício da dúvida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSJg5WXLv5_ma0Hy6MstbZ65suVyTLxsFScw48BrQboijNMxx1LNNF4q9YX0TcPhnuIExhzd2CE0z4ehG5lJOGSI2ibkHRjArlERpN4QP6trguryYpgechfVFRKSRYU49TPb1t6HoS11RtqWM22_0uybl_7mamXW1klfp9LNnFPB1GCYzWdtjDrEgT/s16000/vlcsnap-2022-06-12-21h11m14s986.png" /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Warner recusa matar um soldado moribundo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao chegarem a Los Sadros a tragédia adensa-se. A cidade está assolada pela cólera e Rosa morreu no parto. O irrascível Don Pedro Sandoval, pai de Rosa, não está com mais nem boas e mete o recém-nascido nas mãos de Warner, dando-lhe guia de marcha. Mesmo sabendo que este não terá a menor condição para criar a criança. Barra pesada, estimado leitor. Isto não é filme para rapaziada sensível a dramas familiares e muito menos para espectadores dos filmes com final feliz da Fox Life. Pois então, Warner e companheiros partem de Los Sadros com a criança em braços. O estigma da cólera faz com que sejam escorraçados de qualquer sítio onde passem e sem surpresas o recém-nascido sucumbe. Um acto que destruiria qualquer pai. Warner fica destroçado e promete vingança a todos os que lhe negaram a ajuda num momento tão crucial. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ora como se percebe, este é um filme de estilo e motivações diferente do típico western-spaghetti. Inegavelmente é também o oposto daquilo que se conhece do restante reportório western de Julio Buchs. Recordando, em “O Homem que Matou Billy the Kid” Buchs enredou pelo uso de um personagem estabelecido no imaginário do típico consumidor de cinema western. E em <a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.pt/2015/09/mestizo-1965-realizador-julio-buchs.html">“Mestizo”</a> abordou típicas escaramuças entre índios e a Polícia Montada Canadiana. Tudo muito clássico e não particularmente interessante. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje-HprfVzH1JnNiUT8ES-izeZOCvwmT9MusqkwGSATFDFfZSgZM5uxr8zVaVvsZVEjscPR-41_0gcZAQzP-XgiyawllrPyepVqlo7M7kR_prFCsglblUoLSW6pDcOIx03s35jMWqb9TduEJaYlMwsXLqHXAOvS1_tZwScwq_jS0LlDrH7TU609C5eM/s16000/vlcsnap-2022-06-12-21h14m06s118.png" /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Nenhum pai deveria ter que enterrar seu filho</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na verdade, a produção do filme nem sequer era para ser um western e isso pode ajudar a perceber o que fez parir um filme tão fatídico. Aponta Marco Giusti no seu “Dizionario del western all'italiana” que originalmente o filme deveria ser sobre “Los Siete Niños de Écija” <span style="font-size: x-small;">1</span>, um grupo de bandoleros espanhois que nas invasões napoleónicas imprimiram actos de guerrilha sobre o invasor. Os distribuidores gringos não terão ficado entusiasmados e foi preciso repensar o filme como um western-spaghetti.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Apesar do título internacional – <b><a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Quei_disperati_che_puzzano_di_sudore_e_di_morte" target="_blank">A Bullet for Sandoval</a></b> – dar destaque à personagem de Ernest Borgnine, um actor oscarizado que interpretava qualquer papel com as pernas às costas, parece-me que é justo destacar aqui o trabalho do uruguaio George Hilton. Ele interpreta Warner, o soldado confederado que pelas trágicas circunstâncias da vida se vê transformado num bandolero sem escrúpulos. Um papel que fica a léguas dos habituais pistoleiros sorridentes que somou na sua carreira western e que não se limitaram aos filmes das franquias Aleluia e Tresette. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQpdAV1G5Xx_aUphcS-zLiTMB7t9EwR-P-6zwcrWPjQLMNuqdgEUgfI3qZu8mczzLOQ9pc-KCTaUPBSItX6-ddYMIxCAr26QQeM7lz4r08bFK0CUVjwR-AxHgSiXAc-d4Ez9MpQjCnXhKG8CtTQpw3N3EJ6jTUViC24_f0w-AyAVS272EPx3RyWAkO/s16000/vlcsnap-2022-06-12-21h19m44s769.png" /><br /><div style="text-align: center;">Os cabeças de cartaz desta corrida de touros.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Que não hajam dúvidas, este é um espécime que o entusiasta do western-spaghetti não pode perder. Mas não é um filme isento de problemas, o maior será porventura a ténue ponte que é feita entre a primeira parte do filme, carregada de melodrama e a ponta final, uma vendetta tresloucada em que nenhum dos protagonistas parece ter razão que lhes justifique os actos. Mas tudo culmina com grande efeito, num embate numa praça de touros mexicana. Possivelmente uma ideia que Buchs terá sacado do <a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.pt/2013/07/il-mercenario-1968-realizador-sergio.html">“Pistoleiro Profissional”</a>, filme de Sergio Corbucci lançara no ano anterior. E não, não é um plágio.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">1 <a href="https://www.publico.es/sociedad/bandoleros-siete-ninos-ecija.html">Écija: Los Siete Niños de Écija, unos bandoleros que ni eran siete, ni eran niños, ni eran de Écija | Público (publico.es)</a></span></div></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com4Alcochete, Portugal38.7562753 -8.962869610.446041463821153 -44.1191196 67.066509136178837 26.193380400000002tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-61218610277946651482022-07-16T01:00:00.002+01:002022-07-18T23:54:07.818+01:00Xeque ao Mestre!<div class="separator" style="clear: both;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIDXodlOtN7nvq7I2-0ssG5lXoYVBHlNXEixpIS_z413YVFOgkuaOJFlvNrGi6Lp2iUv6vjgjSzJBFsYwQCDg_LJQHFGiP0gfGVVc7NKg5EpkK2hq9vFL2A-AT2OFNCEaMR5Ae838oS8yN02uN75HxY20tu4mbz-qqZylIuJ0GSdbUC2h-flEdoBdP/s16000/200456954-a1e4de2c-91ba-41b6-ab7e-d5e8c1168241.png"></div><div><br></div><div><div style="text-align: justify;">Alô, alô pessoal da pesada! Como devem ter vindo a notar o capim e a poeira estão lentamente a tomar conta do blogue mas ainda aqui se respira. Respira-se, mas mal, que o calor deste Verão está especialmente abrasador! E por isso mesmo deixo aqui o streaming deste disco fresquinho: <b>"Scacco al Maestro - Volume 1"</b>. O primeiro que a famosa banda italiana, <b>Calibro 35</b>, edita com um alinhamento inteiramente dedicado ao homem que tornou o nosso género favorito, reconhecível em qualquer parte do planeta: Ennio Morricone. Nos dez temas não faltam alguns clássicos do western-spaghetti e num desses temos mesmo a participação de <b>Matt Bellamy</b>, vocalista dos <b>Muse</b>, aqui a dar provas do quão bem sabe assobiar. Se conseguirem, mantenham-se frescos! </div></div><div style="text-align: justify;"><br></div><div style="text-align: justify;"><iframe allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; fullscreen; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="380" src="https://open.spotify.com/embed/album/73A7oJSKkh6gTjlWi3MvtQ?utm_source=generator" style="border-radius: 12px;" width="100%"></iframe></div><div><br></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-33574032794035048302022-05-22T14:56:00.000+01:002022-05-22T14:56:04.566+01:0012ª Edição do Almería Western Film Festival<p> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyAyhbS0gNpH52dj79knfIVqL56dRJhJYi2r1shMMplkMeSOrw3EA8oQrhqK_cQteH1YUG_sbXac0iSMgPRPJZPdHwW9YIBw0tMGh9LGI4ieVmzZt4b2fav12wwAUmGNyO1aiezFcMr9mtjBChnG9b5OcqGNYCMUNi5nrnH1PIpiOR4x0z8SjiqQOQ/s16000/Poster-AWFF-2022-Bud-Spencer-web.jpg" /></p><br /><div style="text-align: justify;">O ator italiano Carlo Pedersoli aka Bud Spencer (1929-2016) protagoniza o cartaz da 12ª edição do <b>Almería Western Film Festival.</b> Trabalho do reputado ilustrador italiano <a href="https://www.tony-stella.com/" target="_blank">Tony Stella</a>, uma homenagem aos cartazes italianos dos anos 60 e 70. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A edição deste ano vai decorrer entre 28 de Setembro e 2 de Outubro e já podem obter informações sobre a programação no sitio do evento, <a href="http://www.almeriawesternfilmfestival.es/es/inicio/" target="_blank">aqui</a>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De recordar que o festival atribuiu o prémio 'Leone in Memoriam' em edições anteriores a profissionais como Fernando Sancho (2016), Tomás Milian (2017), Carlos Simi (2018), George Hilton (2019), Sergio Sollima (2020) e Ennio Morricone (2021). </div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-33868345816002411522022-04-25T17:46:00.002+01:002022-04-25T17:46:14.791+01:00El precio de un hombre (1966 / Realizador: Eugenio Martín)<p></p><div class="separator" style="clear: both;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAJj09yEvVtSKVxHJ4fL_ZdKOKJhtS1sjd_8ImwmIVbUsFC1jXdJva5Rmkp--ZMdiAwjegxR8cbdPM4v832haA4obQkdo5lwMfVyQTWbo7iNp08Hf122oU_j9_4fPVLgt1NoURqrkpClRoF-GZTukGmB49zaeZxk15umWfjxY10fBfKNddvNBOsDFd/s16000/El%20Precio%20de%20un%20hombre.png" /></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="clear: both; text-align: justify;">Aquando do lançamento de <a href="https://www.imdb.com/title/tt3460252/?ref_=fn_al_tt_1" target="_blank">“Os Oito Odiados”</a>, o aclamado western nevado de Quentin Tarantino muito se escreveu sobre as obras que lhe serviram como influência. O titulo <a href="https://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2010/05/il-grande-silenzio-1968-realizador.html">“O Grande Silêncio”</a> surgiu naturalmente em todos esses artigos mas existem outros westerns-spaghetti que poderiam facilmente ser conectados com esse filme. Este <b><a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Precio_de_un_hombre,_El">“El precio de un hombre”</a></b> seria um desses filmes. Tal como na fita de Tarantino uma diligência transporta uma pessoa algemada. Em ambos, a diligência faz uma paragem numa estalagem onde nem toda a gente é o que aparenta ser.</div><div style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifsink0y62-z7Wkrt7MISaMrhgTNN-yLE-9Z_npBaCO72J56czVeN9-h-3or-6QzUTBXg1j40T0BITSrG8L4EXOglrXijA2B-aSYzuJX29EB_RLzf4nfCKlM_ptE913U6PBzykWdprLsYCjp6bmFcxT7CQrqqfPrjXlJHbXbhWADWek2mzuWcd46Mf/s16000/vlcsnap-2022-04-25-14h20m50s843.png" /></div><div style="clear: both; text-align: center;">"I got an idea of something we can do with a gun"</div><div style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div style="clear: both; text-align: justify;">É estranho que o filme não tenha ganho nova notoriedade ao sabor do sucesso de Tarantino, mais sabendo-se que até o próprio reconheceu ao <a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Quentin_Tarantino%27s_Top_20_favorite_Spaghetti_Westerns" target="_blank">Spaghetti Western Database</a> que “El precio de un hombre” é um dos seus spaghettis favoritos. Então para o bem e para o mal, lembramos-vos nós que este filme existe e que se já dissecaram a filmografia western dos três Sergios, está mais do que na hora de adicionar este filmaço à vossa watchlist! Na modesta opinião do vosso escriba estamos mesmo aqui a falar do melhor western espanhol, a léguas das produções simplórias dos Balcazar.</div><div style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div style="clear: both; text-align: justify;">A realização é de Eugenio Martín, que se estreava no género, e conta com a participação do nosso favorito: Tomas Milian. Um individuo ambíguo, perseguido pelas autoridades, mas que goza de grande simpatia no pequeno povoado em que cresceu. Em sentido inverso temos Luke Chilson (Richard Wyler), um caçador de recompensas que todos odeiam. Esse universo dos caçadores de recompensas popularizado pelas películas de Sergio Leone é justamente aquilo que move a trama desta fita e curiosamente a ligação entre o <i>signore</i> Leone e este “El precio de un hombre” pode ser mais do que uma coincidência. </div><div style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpWRQ-aSUyelCgfU5Ih8PKf5-KMIdEFgRpD79k8RWOxXKzlnJjPcgNhvYZjXoCSjmg04R23NZIya-EgQNKAs0wqH7FsvEdU7cnMLI67RgIOIxuYIMnVTykQPG8vWE8SMe2sS6BJMy0MN4FMPn21F-Mw88reNYds8cfdkzg69OgE7XZ_NZy0erAra0f/s16000/vlcsnap-2022-04-25-14h24m29s928.png" /></div><div style="clear: both; text-align: center;">O nosso herói é torturado. Um lugar comum no western à europeia.</div><div style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div style="clear: both; text-align: justify;">Ao que parece o produtor José Gutiérrez Maesso terá abordado Duccio Tessari para escrever o guião do filme, mas não chegaram a acordo uma vez que Tessari estava ocupado. Na época Tessari ainda fazia parelha com Leone e julga-se que lhe terá comentado essa ideia de um caçador de recompensas como protagonista. Leone não trabalharia em “El precio de un hombre” mas adaptaria a personagem de Clint Eastwood no segundo tomo da saga do “Homem sem nome”. Residirá aqui alguma verdade ou será apenas mais um dos muitos mitos que fazem deste género a delícia que é? Nunca saberemos! </div><div style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div style="clear: both; text-align: justify;">Milian interpreta José Gomez, um fora-da-lei que as autoridades se apressam a entregar nos calabouços de Fort Yuma. Um dos seus capangas passa a informação do roteiro da diligência a Eden (Halina Zalewska), amiga colorida de José que ainda o vê como uma espécie de herói local. A rapariga num acto de grande frieza faz chegar um colt a José que acaba por dar-lhe um uso mortífero. No entanto, o caçador de recompensas Luke Chilson (Wyler) está em seu encalço e chega ao lugarejo antes do fugitivo, para a ira dos habitantes da cidade, acérrimos defensores de José, que consideram ser um produto das duras circunstâncias que a vida lhe trouxe. Mas quando Gomez chega com o seu bando de <i>desperados</i>, os moradores começam a perceber que ele já não é o rapaz que conheciam. </div><div style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5jXMoQlpPuJ2FO1d8yxA_WrIEMYZKKEDHm1i_0fbUA_DPNUW8Rgj1w8DQYG1i2VndzWX5R9fC1WqK9bJ_tOuM39QGpX4FCkKYkq-pKGnXr245XAbGVkpnaqe5N0JMUUZB7JTICz7JWKXjnl7v9L-5FEhM3Q62uudrTiO2nhmj2fz7k3q4S-WtewSv/s16000/vlcsnap-2022-04-25-14h29m09s892.png" /></div><div style="clear: both; text-align: center;">Neste filme quem rouba a cena é o vilão.</div><div style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div style="clear: both; text-align: justify;">A fotografia de Enzo Barboni é um dos grandes destaques do filme. O italiano não desperdiça os magníficos exteriores da região de Almeria e nem se deixa atrapalhar nas cenas de interiores, que normalmente são aquilo que os cineastas do género mais mal trabalham. Barboni, vale a pena lembrar, notabilizar-se-ia anos mais tarde como realizador ao atingir o sucesso com os filmes da saga Trinitá. Mas antes disso assinou a fotografia de alguns dos melhores filmes do western-spaghetti. Trabalhou com mestres como Sergio Corbucci, com quem fez <a href="https://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2009/11/django-1966-realizador-sergio-corbucci.html">“Django”</a>, “Os Cruéis”, etc. Outra parceria de grande efeito foi a que fez com Ferdinado Baldi, entregando-nos os não menos recomendáveis “Texas Adeus” e <a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2009/11/preparati-la-bara-1967-realizador.html">“Viva Django”</a>. </div><div style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div style="clear: both; text-align: justify;">Em Portugal o filme apareceu com o título <b>“Vingança ao Amanhecer”</b> e salvo edição em VHS não existe formato físico para encontrá-lo. O meu contacto inicial com ele foi num DVD espanhol da Filmax, isto há uns quinze-vinte anos. Mas actualmente existem até blurays do dito. Na Europa tema a edição francesa da <a href="https://www.amazon.fr/tueurs-louest-Blu-ray-Tomas-Milian/dp/B07P83ZGCX/ref=as_li_ss_tl?ie=UTF8&linkCode=ll1&tag=swdb-21&linkId=dc2eb2de6718c679fc9bc4024e0a04f5&language=fr_FR" target="_blank">Artus</a> e nas Américas foi lançado pela recém-finada <a href="http://www.wildeast.net/" target="_blank">Wild East</a>. Também pode ser repescado no catálogo do <a href="https://www.amazon.com/Ugly-Ones-Tomas-Milian/dp/B074T5SLWR" target="_blank">Amazon Prime</a> mas não sem usarem uma malandrice para camuflar a vossa origem. Infelizmente o catálogo desta plataforma parece não ser para os dentes do tuga.</div><div style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-92231151676737752202022-02-06T17:37:00.011+00:002022-02-06T17:42:15.333+00:00Django & Django: Sergio Corbucci Unchained [documentário] (2021 / Realizador: Luca Rea)<div> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjP5GzQTbrjtZqN-kkjspyEmRuoxLmxPVRt2GiPiY0rJJ9SsIohICmgiImw5eCxaZiQzL3chrnOofu6Lc5n5D6Yp9apLwdG9uw_fxxYiKA4eYTLGA6Rjz4BCq8oR7-N1yeU9bgjibu6ZcmLKUMFNcYoj3CcoBcRhGs5mMWEMlLgk4CNZTuUy1-E3pLv=s16000" /><br /><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Quem é o segundo melhor realizador do western-spaghetti? Quentin Tarantino não têm dúvidas e se as houvessem para o resto do mundo que em 2009 viu <b>"</b></span><b>Era uma Vez em... Hollywood</b><span style="font-family: inherit;"><b>"</b> e terá ficado aos papeis com os acontecimentos que levaram a (fictícia) antiga estrela de cinema Rick Dalton a transferir-se de armas e bagagens para Itália, eis que chega o relato definitivo: <a href="https://www.netflix.com/pt/title/81519575" target="_blank">"</a></span><b><a href="https://www.netflix.com/pt/title/81519575" target="_blank">Django & Django - Sergio Corbucci Unchained</a></b><span style="font-family: inherit;"><b><a href="https://www.netflix.com/pt/title/81519575" target="_blank">"</a></b>.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiCQg7C0vIhEr7JUV8KVYs5cCH3POZOHZlqbsx6GH5MOn9d2Y3LvTOUZjCgyBWBB6DKwuqV8QmvuoirxYwb9aqq7tmJNTqc-GTHnJPi4amwfxZOMu86dsAEbqmm05ocy9qnhx09zMZJrKKA1q7UdDxvWWBGxSJazjzC0uq37r1nM-mD_2p7hg9lPhGd=s16000" /></div><div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Cena de bastidores de "Pistoleiro Profissional". </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O documentário realizado pelo italiano Luca Rea </span><span style="font-family: inherit;">chegou agora à Netflix e será porventura uma porta de entrada para um público menos conhecedor do cinema de género e que </span>possivelmente<span style="font-family: inherit;"> nem nunca ouviu falar desse tal de Sergio Corbucci. Já os </span><span style="text-align: left;"><i>connaisseurs</i></span><span style="font-family: inherit;"> vão ficar enjoados de ouvir o <i>fanboy</i> Tarantino a falar pelos cotovelos durante a hora e picos de duração da pelicula ofuscando os outros - poucos - testemunhos usados na feitura do filme (Franco Nero e Ruggero Deodato). </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><b>Trailer: </b></span><span style="font-family: inherit;"> </span></div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="350" marginheight="0" marginwidth="0" mozallowfullscreen="" scrolling="no" src="https://cineuropa.org/en/videoembed/413430/rdid/408249/" webkitallowfullscreen="" width="500"></iframe></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-41382852519092249412021-12-05T15:07:00.003+00:002021-12-05T15:14:32.507+00:00SpagvemberFest 2021: Diário de bordo<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhRZ-oDMv0XCokjjsgJG2c9QL8PNvfTjYXRm0eRMT6CKUe0_OpOwCHFHPLxqMkMmD9-7xxkx2SyrZxIDykzHL77e_0HRYMNoTimV2isclf-G5MpNTw13LEL6ynFu_JsCUCxYXF-Yt8oQOyfClGTssKtKFi4ZWTvEXyclywtiJY3O4Du64AjHmkT3r5_=s16000" /><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tal como aconteceu no ano passado, voltei a dedicar o meu mês de Novembro à grande maratona do western europeu, o <a href="https://forum.spaghetti-western.net/" target="_blank"><b>Spagvemberfest</b></a>! Foram trinta dias a conferir um filme deste género ao dia, percorrendo algumas das suas variantes e fases. Como habitualmente tive como objectivo maior reduzir a minha watchlist, mas este ano ficou desde logo estabelecido à partida que se iriam rever alguns spaghettis clássicos para não danar o bem-estar matrimonial! Para a jornada deste ano antecipei-me um pouco e fui desde logo separando aquilo que tencionava ver. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tal como em 2020, quis dar chance a alguns DVD/BR que há muito comprara e que nunca tinham tido uso. Preparei também uma pen drive artilhada com tesourinhos que foram aparecendo na pirataria ao longo do ano (TVrips, VHSrips, etc). Outra forma que tencionei desde logo usar foram os serviços de streaming nacionais e neste campo tive a maior das desilusões, não podendo em boa consciência deixar de os criticar. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No HBO não há absolutamente nada disponível, aliás o serviço parece não lidar muito bem com material mais antigo. Já no Amazon Prime existe um maior catálogo old school e mesmo alguns westerns-spaghetti, mas poucos comparativamente à oferta que o serviço tem noutras regiões do globo. Netflix não tenho, mas suponho que o panorama seja idêntico. Uma tristeza e por isso, sem surpresas tenho de concluir que o fã destes géneros menos populares vai continuar a ser o grande apoiante dos formatos físicos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No fórum do SWDB o número de aderentes pareceu-me francamente superior ao do ano anterior e como esperado as escolhas individuais e o debate que dessas decorre, acaba sempre por condicionar o resto do bando, algo que muito apreço. Fiquei também agradado por ver surgir no Letterboxd algumas listas feitas por outros confrades que abraçaram o desafio. Desses, lanço um shout-out para o único tuga que lá detectei, o grande <a href="https://www.ruc.pt/autor/pedronora" target="_blank">Pedro Nora</a>, que também encarou a tarefa não evitando sequer alguns dos títulos do género mais difíceis de digerir! </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E então vamos lá ao meu diário de bordo, avisando desde já o freguês que o post é longo. Se não lhe abona o tempo e a vontade, recomendo a versão simplificada via minha listinha do dito Letterboxd, disponível <a href="https://letterboxd.com/pedropereira/list/spagvemberfest-2021/" target="_blank">aqui</a>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><br /></div><div><h2 style="text-align: left;">1. Così Sia (1972 / Alfio Caltabiano)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJd80cWy_Oy6IG-NfzUAGm2Mk7VykTAnoLsXIwBAayV33SfhTl6DCBdCLN3g0oqwka3TKD_ZSaAqltMsu3p_nHLOBUm-enk1b39JWlZXH9L11GLeGtSt1hiZTQ9DJcPcBKHAT9qaAGkNs/s16000/1.png" /><div><br /><div><div style="text-align: justify;">Dia de feriado, mas com relativa agitação cá por casa e muita azia provocada por mais uma derrota forasteira d'Os Belenenses a meio da tarde. Opto então por iniciar as hostes com um filme que consiga ver às mijinhas e que não necessite de prestar demasiada atenção. O YouTube está cheio deles e acabo por optar por este Amen. Uma comédia muito ao estilo dos filmes da saga Trinitá mas que infelizmente tem pouquíssima piada. O que tem muito, é patada nas trombas, um oferecimento do grande Luc Merenda, estrela do cinema policial italiano. A acção do filme desenrola-se sob um assalto a um banco por parte de um grupo inusitado, formado por um pistoleiro, um padre, um miúdo carteirista e um velho xexé. Eu até simpatizo com alguns dos filmes do Alfio Caltabiano, mas este é mau demais!</div><h2 style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><br /></div>2. Gli eroi di Fort Worth (1964 / Alberto de Martino)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7L3OMRD8z5dEVUOk90TGVsjLW7C1V5pyZzA6cXGIZhUCvhyzME0e2qI1GzwdBKtViCvDrCcNJAWwE7qYLT0C2OoIZUpky4h1WagY_OZjLe4vqKWV1YeuVokVSWwVSL1Hzi1QIPz3EyMU/s16000/2.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Segundo dia e opto novamente por um filme de quem ninguém fala, logo potencialmente mau, premonição que se confirmaria cena após cena. Curiosamente até tenho o DVD espanhol da Divisa na prateleira há bem mais de 10 anos, mas nunca me deu real gana em vê-lo. Tirado o pó do dito e lida a sinopse até julguei que me ia deparar com alguma originalidade. Senão vejamos: Durante os dias finais da Guerra da Independência, um grupo de soldados confederados formam uma aliança com os índios apaches com o objetivo de confrontar os soldados do Norte estacionados no Fort Worth e assim escapar para o México. Pensei que a fita pudesse ter algum paralelo com o belíssimo “Os Cruéis” de Sergio Corbucci mas estava redondamente enganado. A qualidade do filme é miserável e ainda ele ia a meio e eu só queria que ele acabasse para deixar de ouvir aquela maldita trompete da cavalaria. Em suma, um filme banal, com actuações sofríveis coadjuvada com os piores figurantes que o género conheceu. </div><h2 style="text-align: left;"><br />3. El juez de la soga (1972 / Alberto Mariscal)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheDnHzdslaNZ_8SoJIRGJT6m2PyIESOghi_Gf61j9u9j1oj_KoAZus4WLB9UHAEW9O76zFxAVT-sruxB3XW4-6VLkq_DsjdB7PiQ1EeTUBpETFjZoEIfNkY9ybVBuVVl6Ydlw5zN-B6YM/s16000/3.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">No fórum do SWDB alguém questionava se os westerns mexicanos estavam em "jogo" nesta maratona. Estando listados na base de dados não poderá haver outra resposta que não fosse afirmativa. Este filão é algo que desconheço, decidi por isso seguir-lhe as pisadas e repesco também eu no YouTube o mesmo filme de que falava: "El juez de la soga". Estéticamente não há como negar os paralelos com os westerns europeus, consigo por isso entender o comentário do sapiente Tom Betts, que frequentemente defende que a chama do género deveria ter seguido com os nossos amigos comedores de tortilhas. Este filme em articular recicla o filme do pistoleiro fantasma, um tipo que aparece e desaparece em momentos chave, eliminando a patifaria com recurso à forca. Achei a montagem do filme péssima, mas valeu pela experiência. Hei-de voltar ao sub-género.</div><h2 style="text-align: left;"><br />4. Land Raiders (1969 / Nathan Juran)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUxO8rnOg6CKg5dhTBpgknDJ5zpbPUKCthvN8g7bZPYQGuh8-4w82BI07EYurVXlB2_m___F9Ibet38gqyAlzj2AjUd-AChTEUvFJylkFXxJ4ccbDIkEpMy9O6D22Ynuu0Kqxx_TgCIC8/s16000/4.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Ao quarto dia uma opção mais segura, o escolhido foi "O vilão do Arizona" que já andava na minha watchlist há muito tempo. O filme nada deve ao estilo do western-spaghetti mas foi rodado em solo europeu (Espanha e Hungria) e por isso cabe no saco dos euro-westerns. O vilão do título nacional é obviamente o filho da puta do Telly Savalas e a história centra-se nas desavenças entre dois irmãos de ascendência mexicana. Um deles tornou-se num verdadeiro gringo e a sede de poder só lhe é superada pela vontade de aniquilar a raça Apache da região. É um filme produzido por americanos, para público americano. Não diria que é mau mas tem demasiado paleio para o meu gosto.</div><h2 style="text-align: left;"><br />5. Deadlock (1970 / Roland Klick)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxeB2Cl1puLrUVBz0C9H34ekW45NGLdhbQ6DBOM_f8M3FUFmp0Fx0s4lv9XZDpwDdy1d1CEgme6z6oRMSZ_PTqb6VoMpYEYF96IUI188lV3OOh1oErs0F1l24IuB0Gnst9vQKgxHyhBL4/s16000/5.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Quinto dia de maratona. A escolha anterior estava insonsa, portanto pedia-se algo mais extravagante para animar a festa. "Deadlock" é uma produção alemã, rodada nos desertos de Israel e conta com o magnífico Mario Adorf no papel principal. Esclareço já que não se trata de um verdadeiro western-spaghetti, na verdade trata-se antes de uma história de gangsters ambientada numa localidade desolada em pleno deserto. Em comum com a ementa spaghetti, o típico trio de trapaceiros e uma soma avultada de dinheiro em jogo. Não é um filme para todos, mas pareceu-me uma boa reinvenção do estilo e uma bonita homenagem aos grandes mestres.</div><h2 style="text-align: left;"><br />6. Il mio corpo per un poker (1968 / Lina Wertmüller)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNFD1S3CjBKt9womXj05p3XgpMQthOgJ4ouJgqWacr5b1aX3XnICmE7GY1nYbW4lIK8UhhTKT5bi0QfaY7GlG3VnAihDkWMtwoK9q99DIrsdCGsOx6ZIry5gAGEOyHypNNuPYYXNeUtaE/s16000/6.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Robert Woods não guarda grande espaço no coração para este "A pistoleira de Virginia". O papel dele é anormalmente pequeno e relegado a cenas de flashbacks, que segundo consta terão sido reduzidas por desavenças durante a produção do filme. O filme segue a história de Belle Starr, uma fora-da-lei muito hábil no manejo do Colt e do baralho de cartas. O filme perde-se no vai e vem de flashbacks e está longe de ser espectacular mas tem a particularidade de ser protagonizado por uma mulher (Elsa Martinelli) e realizado também por uma (Lina Wertmüller), creio ter sido a única realizadora a operar no género. O filme vi-o através do serviço tuga da Amazon Prime, que infelizmente tem pouquíssimos westerns disponíveis. Não posso falar pelos outros filmes do catálogo, mas este tem uma legendagem hedionda que talvez passe despercebida com um espectador menos habituado ao italiano. A mim condicionou-me a apreciação.</div><h2 style="text-align: left;"><br />7. Une corde, un colt (1969 / Robert Hossein)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJjCbvyOZuIPoWggwZs2Wamgavh8KHMWVGBNfR1uLVl1NyGDVJHAbUX5n01Ld6faXwYJU2At3Fj6fv2zwV_Ozm5CHz9QP7amet7Q2ccVHro14WIf-hWzDxoLkO4igjzxurSvxdZU6TpQs/s16000/7.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Depois de ver o marido ser enforcado à porta de casa, Maria pede auxílio a Manuel para vingá-lo seu nome. Este foi a primeira revisão que fiz na maratona deste ano, uma imposição da minha cara-metade, quisesse eu tê-la como companhia na jornada. Algo que fiz com muito agrado! O filme é soberbo e felizmente é também sobejamente conhecido pelos fãs do género. Uma homenagem de francês Robert Hossein ao seu amigo Sergio Leone, que até filma uma cena. É uma homenagem, mas não cai na esparrela da cópia fácil. Pelo contrário, é um dos filmes mais distintos e indispensáveis do género. Já há muito que tenho o blu-ray da Arrow na colecção mas só desta lhe dei uso. Um belo resgate em alta-definição que só melhora a experiência! </div><h2 style="text-align: left;"><br />8. Ocaso de un pistolero (1965 / Rafael Romero Marchent)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1WjvPxtrBMrwS3HAsjtxPh43RxBCcxkjlAff3Ba_tCWSy9irWCs8_48T-zWcIdE_fXA6Xf2LSKh8KVIDCaoqZ8S8l7ghxyj1-jf0f8H-WL-NWZzFGZ11Q67ciAKttsRI5SIddt8Iqtj0/s16000/8.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Primeiro de dois westerns do Rafael Romero Marchent que pretendia ver durante a maratona 2021. Este é precisamente o seu primeiro filme e já várias vezes o tinha tentado ver, mas a cena inicial em que um bebé é fatalmente alvejado fez-me sempre clicar no stop e desistir da investida. Sem surpresas, confirmo ao oitavo dia do meu SpagvemberFest que o filme está pejado de cenas de grande carga dramática, algo que dispensava perfeitamente para um filme visto em início de semana, mas enfim. Quem também se estreia por aqui é Craig Hill, que aqui veste as peles de um pistoleiro aposentado que se vê forçado a pegar de novo nas armas para combater uma injustiça. Um lugar-comum, é certo, mas se não vos faz brotoeja assistir a um spaghetti com pistoleiros impecavelmente barbeados e com escolhas de chapéus duvidosas, então é filme a considerar. Pessoalmente continuo a ter "Garringo" como o melhor dos filmes do amigo Rafael.</div><div><br /></div><h2 style="text-align: left;">9. Fuera de la ley (1964 / León Klimovsky)<br /><br /></h2><h2 style="text-align: left;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYnHxP4gMyauEZ1xt2BiHS8vJ8VWtIygwH-s3_LnCQcK4IHUsx4qckAUbwiZVpg3NwLLZSL7s9vWZEpwf68aBCLt-Hb9ky2cwZAy-wHiIYasdMDwPYAxVNBTjUWk1wTidK63v4iGCgQz0/s16000/9.png" style="font-size: medium; font-weight: 400;" /></h2><div style="text-align: justify;">Por estes dias já estava claro nas conversas dos usuários do fórum SWDb que estava em curso um movimento não organizado de homenagem ao recém finado George Martin. Alinhei também eu na ideia de colocar um filme dele no cardápio. Como já não tenho muita coisa pendente deste astro espanhol e sendo o objectivo primordial diminuir a watchlist, a escolha recaiu neste "Fuera de la ley". Tal qual a escolha da noite passada temos aqui um western pré-febre leónica e como tal, com um estilo absolutamente clássico. A trama segue a habitual quezília entre gentes honradas e um oligarca abusador, algo que Billy (Martin) terá de resolver. Aqui não temos esquema de co-producão e por isso não é de estranhar que quer elenco, quer equipe técnica seja totalmente espanhola. Mas até para o menos rotinado dos consumidores do género, reconhecerá a maioria do cast. Destaco a fronha do Aldo Sambrell, aqui no invulgar papel de xerife da cidade. Realização rotineira do argentino León Klimovsky.</div><h2 style="text-align: left;"><br />10. Comin' At Ya! (1981 / Ferdinando Baldi)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQPjeiCYyjZFO_WyC-ExdnS_j6wMqfPajdzIwpmYkHa7wFt1fJx55Srx4rzg2fRF6z390o7BUup3z_n-M0gK1ekzuCkhsTjCnTJRSUunGLAuzqfXX3SPU0vDrzysgmjUPDPvT4WXmEjHE/s16000/10.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Detesto cinema 3D. Razão exclusiva pela qual há muito evito encarar este último western do Tony Anthony. Fi-lo desta vez, mas no formato standard, claro está. O filme começa à “Kill Bill”, um casal está prestes a contrair matrimónio quando dois meliantes rompem portas adentro da igreja. O cavalheiro é baleado e a dama raptada. O que daí advém é o cliché do pistoleiro ao resgate. O filme está claramente montado para empolar a experiência tridimensional e perde real interesse na maior parte do tempo, como já esperava. Mas em defesa do Tony, admitir que o homem não teve nunca medo de arriscar na sua curta carreira. Foi bom voltar a ver a praia de Mónsul, em que me tive a sorte de me banhar há anos atrás e que a generalidade do cinéfilo reconhecerá do clássico “Indiana Jones e a Grande Cruzada”.</div><h2 style="text-align: left;"><br />11. Uccidete Johnny Ringo (1966 / Gianfranco Baldanello)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM7QGKeDyv5I5gmattZDhUiPCcb5ZdJOfh_Yoo8sFaJxe0gAHKwGIe3grFEZAg4m9IkTaoom7LeOHWButTbPgE1AXne792-22IgYsS9NitXmJeLLbVGpa-XM8AnDL3ebVd3IAf34ynLn8/s16000/11.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Reza a história que nas filmagens deste filme, um actor menos experiente deu tal traulitada na mona do Brett Halsey que o deixou tão maltratado, que o desgraçado não teve outra hipótese que passar o resto das filmagens de chapéu bem assente. Halsey é aqu um ranger do Texas em missão numa pequena cidade onde há diversos indícios de existência de um esquema de notas falsas. No decorrer da sua investigação não faltarão meliantes zarolhos a tentar matá-lo. É um dos primeiros registos de Gianfranco Baldanello, realizador que nos deu o notável "Black Jack". A qualidade de um e outro é incomparável. </div><h2 style="text-align: left;"><br />12. Il figlio di Zorro (1973 / Gianfranco Baldanello)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzaq5mPELKNHnpz6KXphxR9HW-dCjhdi7XEB4QcGQ30k2Hk2KiDXMmioKFgCCw_FvQ8Qjcn6odTNPVqfymgbwOFbVKDpvVQgQn_iArR_gAjmW_wnq7_FTzwisnvLIsrzjBnGdytCaOVCo/s16000/12.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Segunda noite seguida com um filme de Gianfranco Baldanello. Agora num registo bastante diferente, um Zorro-spaghetti, uma das ramificações que o westerns-spaghetti viu crescer e que a maioria dos usuários do SWDB adora odiar! Não faltam filmes destes na minha watchlist e no ano passado até tinha sido surpreendido com um bem decente, a saber: "El Zorro". O justiceiro mascarado é aqui vivido pelo cara de bebé, Alberto Dell'Acqua, um actor fraquíssimo que em nada honra o famoso personagem. A contrabalançar temos uma série de nomes mais sonantes nos papéis secundários: Fernando Sancho, William Berger, George Wang. Sinceramente acho que teria encontrado mais acção na troca de galhardetes entre o Rui Rio e o Paulo Rangel.</div><h2 style="text-align: left;"><br />13. Faccia a faccia (1967 / Sergio Sollima)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCaboqIyX41rH2s0QPp9ybc4oVjuakR60eHIYUyqq7nOKQDTl65VdbjoiElkmiI9uNkzX5jt5TRQZwlWHQzzgcups6ukZR0rSinlr5bCDyiQN83uMkJj0BYSZsgeMfpESaFaf5CbSZUWU/s16000/13.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Segunda revisão e novamente de um filmaço! Já lá vão uns aninhos valentes desde que o vi pela última vez. Desde então surgiram versões DVD e até blu-ray, todas incrivelmente superiores ao meu velhinho DVD espanhol. Há anos atrás fiz o upgrade para a edição da Explosive Media, e a revisão foi feita com esse mesmo. A versão que vi desta volta foi a inglesa, que permite perceber a quantidade enorme de cortes que a versão internacional levou, não diferente da tal versão espanhola, também ela super-retalhada. Não diria que a existência destes minutos extra mudam drasticamente o filme, mas que lhe dá um novo ímpeto, dá. O filme é incrível, a evolução dos dois personagens principais é extraordinária. É um filme que merecia mais amor, muito mais amor.</div><h2 style="text-align: left;"><br />14. Hannie Caulder (1971 / Burt Kennedy)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvhfETdr47uiKXh3tRGMBiq3V-FyqHq5ReRYfW-0sA3-XCsntzVWgX7p_FG3xU_wQU1yTYUOOVEDpRaUI3J3vxFhqFK9r4e80bmFxsOIYbCljMl6IrQJtkeVKuaCYaxF0M1dyIXowjWjw/s16000/14.png" /></div><div><br /></div><div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Primeiro e único western inglês a entrar na minha maratona deste ano. Além da beldade Raquel Welch, temos aqui um elenco clássico, com Jack Elam, Ernest Borgnine e Christopher Lee. A história segue obviamente as aventuras de Hannie Caulder, uma mulher abusada num certo dia por um bando de maltrapilhos com pouco jeito para a vida do crime. Ajudada por um caçador de recompensas, Hannie aprende a manejar o colt e dá caça aos violadores. Meu Deus! Como é possível que o poster internacional do filme seja tão enganador. Não senhor, o filme não é uma comédia, na verdade até é bastante gráfico nas muitas cenas de tiroteio. Tem sim algumas diferenças de tom que são totalmente despropositadas e prejudicam o resultado final. Seja como for, saiu melhor que a encomenda!</div><h2 style="text-align: left;"><br />15. Di Tresette ce n'è uno, tutti gli altri son nessuno (1974 / Giuliano Carnimeo)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijJEdsslwUveif7TP97qGmcMpO_qUEcKM46ARALnemnZhFsIcCGIDZlrJCcCc1_BeuBZEmvlO1VxUe_VznKZjKO8om5SjE-KnJclAJXLg7nvp3B6F19rSo2aTboHvTTpFg36p0TaadW08/s16000/15.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Metade da jornada feita e sinto-me novamente com fôlego para enfrentar uma paródia à italiana. Comprei o DVD deste filme em Itália há uma vida atrás, mas não tive coragem de o ver durante este tempo todo. Et voila. A maratona serve também para enfrentarmos os nossos maiores medos e que puta loucura temos nós aqui! Contra todas as minhas melhores expectativas, cedo em diversas situações aos gags fáceis e nem precisei de ajuda de um calicezinho de moscatel. É um filme de malucos, sobre maluquices, mas foi realizado por um não-maluco e isso nota-se no bom trabalho de câmara e montagem. Colocando-se facilmente a milhas das muitas cópias rascas fagiolli-western's à moda de Trinità, que na verdade até imita sem rodeios. Filme com melhor uso de um penico num westerns-spaghetti!</div><h2 style="text-align: left;"><br />16. Take A Hard Ride (1975 / Antonio Margheriti)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjijjhP5rkxTPZzgWmAYC7RQfxtjHA9WvUwU5HL4bex78tdS7ennzaYFUn2EnndBub4E0GKNbcr-ySLl8O_Gp-ud3pdn4UI60M4rvdV4E8dorrso5o65iSbAUhTaHf0R7sGrAxKJ5X_2IQ/s16000/16.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Mais uma volta e mais um DVD a sair da prateleira para o leitor pela primeira vez. O escolhido foi o "Cavalgada Fantástica". Pois é, depois de um crossover entre western e artes marciais, Margheriti aventurou-se numa nova mescla, desta com o blaxploitation. As estrelas da companhia são naturalmente as negras, com três grandes nomes do género: Jim Brown, Fred Williamson e Jim Kelly. A estes junta-se outro grande nome, Lee Van Cleef, este já no seu derradeiro declínio enquanto actor e num papel penoso para quem nos habituámos a ver interpretar os pistoleiros implacáveis. O filme foi rodado maioritariamente nas Canárias, o que lhe dá um panorama bastante diferente do westerns-spaghetti mais habitual. De especial nota, as cenas de acção a cavalo mais arriscadas que vi no género. Algo a um nível não inferior ao “Cavalgada dos Destemidos” de Kirk Douglas e que hoje em dia seriam certamente feitas por CGI. É de facto um filme cheio de acção mas que no fim de contas parece tudo menos um spaghetti. Fosse eu o Antonio Margheriti, teria dado mais cenas de pancadaria ao Jim Kelly!</div><h2 style="text-align: left;"><br />17. Dos pistolas gemelas (1966 / Rafael Romero Marchent)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiggTcw1-VubWr-xU7Eoj0Lmyc5qH3I5Khn8GGq5t2UdR3Iy3wnMSi-sVvPylsnikB6WtR7ZKRrpubffhnnNrirFLIa5tReeyhp0s0e6jXwaj6vzm22UU-B7Fo0lt-Fe-IaIgctxC5WHmk/s16000/17.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Segunda entrada para o senhor Rafael Romero Marchent no meu Spagvemberfest. E se a minha primeira escolha - Ocaso de un pistolero - pautava pela carga dramática, este prometia estar nos antípodas. Num estilo não muito diferente do infame “Rita no Oeste”, temos aqui as irmãs gémeas Pili e Mili a tomar as rédeas da acção. Elas cantam, dançam e claro, manejam o colt com incrível astúcia. mais uma produção rodada nos estúdios Mini Hollywood (Almeria), cenário que se tem repetido nos filmes que fui assistindo nesta maratona. Maior repetição que essa só mesmo a presença do actor Luis Induni! Consigo suportar westerns mais tradicionais, mas custa-me lidar com estas trapalhadas, sem dúvida um dos mais difíceis de suportar da jornada.</div><h2 style="text-align: left;"><br />18. Johnny Yuma (1966 / Romolo Girolami)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmURBOB-VdDGvRiY4pnY44oQOZpaHa-JozIAqEhpm8K1viI_wonvM4qo1ow7Fddj2NcYTKLC1x09zjz3zQrWBT8CMzJoli6Dnd39dOn6umc0Ro_xRj-fKagN4BMqLktxiqEqSl2GIfIvI/s16000/18.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Com mais de 350 filmes do género já logados, não acreditava que viesse a encontrar ouro esta fase do campeonato. Sorte a minha ainda ter esbarrado com alguns filmes decentes e ao décimo oitavo dia da maratona acertei mesmo com um bastante bom: “Johnny Yuma, o Vingador”. O título nacional entrega o motif de bandeja: Vingança! O lugar é comum no género mas uns fazem-no melhor que outros e este Romolo Guerrieri fê-lo muito bem, entregando um filme bem balanceado entre a boa disposição e o drama, não poupando sequer o assassinato de uma criança. Curiosamente este era mais um que tinha na prateleira há alguns anos mas como não vou muito à bola com o Mark Damon, ficou a apanhar pó juntamente com os outros patinhos feios. Continuo a achar que Damon teria sido um péssimo Django, mas neste papel de vingador bem-humorado está muito bem!</div><h2 style="text-align: left;"><br />19. Django il bastardo (1969 / Sergio Garrone)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3Te6aAJkbUTjDlZXLdsNitrc6NhlE6mq-R4AP6087jSFLKh4-9VlHjYhsMsAdXeJAArbw7UqP3fVRt02vCXzrceXS2DzeaeMc2KwCL991JuMQf95jSzxTGxSssFY3YzU3ju3kXg3tFo0/s16000/19.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Temi não ver nenhum filme neste décimo-nono dia, desde cedo que me incomodava uma grande uma grande carraspana, que só piorou ao longo do dia. Felizmente o filme programado para a sessão noturna era bom. E este foi uma escolha pessoal da minha companheira que adora esta representação mais fantasmagórica do pistoleiro vingador soturno. Tenho de admitir que frequentemente temo ao revisitar estes filmes que guardo naquele cantinho especial do coração, folguei por isso em constatar que este envelheceu muitíssimo bem e a existência de novas versões HD só melhoram a experiência. Um filme obrigatório para os fregueses que já viram a filmografia western dos três Sergios de cabo a rabo e procuram agora algo mais refrescante. Melhor filme do Anthony Steffen!</div><h2 style="text-align: left;"><br />20. Cabalgando hacia la muerte (El Zorro) (1962 / Joaquín Luis Romero Marchent)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1k449k0Pi3ktcOoL9aN27jaUi96t9SzBANo8g16vHa8oK9I2BE05EuqG6qn0NuWNwABNuctkdzBib5CTz_XBrW0F_uTTcbMynrUEx2b1jr-Vzfkfe2AxujMmL3nMyDuwN_YeEzhAuxN4/s16000/20.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Com os níveis repostos nas noites anteriores, sentia-me já capaz de regressar a terrenos mais pantanosos. E porque não arriscar mais um Zorro? Este é bem antigo, data de 1962 e é realizado pelo veterano Joaquín Luis Romero Marchent, que dedicou uma boa parte da carreira a adaptar este personagem (ou outras fotocopiadas) para o cinema. Qualitativamente, e para minha sorte este filme está a léguas do outro Zorro que assisti no início da jornada. Marchent era claramente um homem sabedor das suas artes e mesmo para um filme tão madrugador, safou-se razoavelmente. Como manda a lei neste sub-género, o filme entrega muita acrobacia e muito truque a cavalo. Tendo provavelmente uma dose deficitária de cenas de espadachim, algo que a mim não me beliscou. Sem surpresas para um filme de 1962, o elenco é praticamente todo ele castelhano, apesar de ter um gringo no papel do justiceiro mascarado. A versão que assisti é uma manta de retalhos montada por um fã mais habilidoso. Visualmente a versão é manhosa mas as cenas extra dão mais qualidade ao produto. O meu agradecimento ao artista.</div><h2 style="text-align: left;"><br />21. Bianco Apache (1986 / Claudio Fragasso & Bruno Mattei)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBU9piTYbNre1Un8w3lk7UM_PLOU1VzInax6FowMouQpu20-Bmi_8-MjSq7ySP34r8izCuyyKAhWX0Jic__sybKc2GivNu2EqI88J9vdcBH5ieeSqTN7VUOLRG_VDcNrQxcK4u0mc5ZsE/s16000/21.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">A dupla Fragasso/Mattei é responsável por um sem número de clássicos do cinema exploitation. Vi muitos desses e alguns admito que alguns são divertidos (Rats - Notte di terrore), mas a maioria são apenas cópias mal feitas de sucessos de bilheteira americanos. Como o filme data de 1986, uma época em que já não se rodavam westerns em Almeria, estava temeroso de que fosse mais uma extravagância da dupla, mas para meu espanto o filme é bastante conservador. A história é a de um miúdo branco que se vê criado entre apaches depois de a sua família ser massacrada por um bando de patifes cartonescos. Anos depois, no seguimento de um caso amoroso, há um desentendimento com irmão apache e o rapaz lá terá que abandonar a tribo e encarar a sociedade do homem branco que nunca conheceu. Não gostei dos filtros usados no filme mas gostei da generalidade da proposta. A abordagem racial é bastante aceitável e até ver este é o filme mais mainstream de tudo o que vi destas duas alminhas. Seria até um western normal não existissem tantas cenas de ultra brutalidade. </div><h2 style="text-align: left;"><br />22. Scalps, venganza india (1986 / Bruno Mattei & Claudio Fragasso)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggJoLq7Vsa9yFePNwokdGwl0kT3EpFq5yN1vRmTJRIehQe4-jiWDMTLOkcEQ9LG98aLnuNL0SC8FcHABk8HsHe5XJ2yIshcCrfVCRxmqPtydq5SfBkX1Zaa_2kjxpCLP62Z0cDbeIYF90/s16000/22.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">A rapaziada do Facebook influenciou largamente a decisão de ter continuado a maratona com mais um filme com marca Mattei/Fragasso. O filme tem muitos paralelos com o da noite anterior e por isso não estranho que sejam considerados filmes gémeos. Ora se no primeiro filme tínhamos um índio como protagonista ostracizado, neste temos uma mudança de sexo na personagem principal. O clã Harrison continuou envolvido no projecto, desta vez com a participação do papá Richard no roteiro. Pelo que li por aí, era suposto que ele tivesse uma responsabilidade maior no projecto, mas os problemas financeiros definiram os limites da participação. Mais uma vez fiquei agradado com a proposta, adorei a dose extra de violência e até fiquei aqui a pensar que esta dupla poderia muito bem ter feito mais alguns filmes do género. É que apesar de o filme ter uma ou outra cena deliberadamente roubada (neste temos a cena da tortura de Vassili Karis, sacada do “O Homem a Quem Chamaram Cavalo”) até conseguem ser mais originais que as maluquices que eles fariam anos depois. Esses clássicos ripoff que toda a gente conhece: “O Regresso do Exterminador” “Robowar - A Máquina da Morte”.</div><h2 style="text-align: left;"><br />23. Degueyo (1965 / Giuseppe Vari)<br /><br /></h2><h2 style="text-align: left;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjwsqhUXy5hR7bOirVwIVwcxYUjmcIk6UAhq65fpIWQjYCCAgLF3I_XrZadNdModVhRj8hzvqXkPA2FmPA2EZrYKvv9rRoUS6BuDZfT0Mg1JOxFA8mqdqnF5S13gfxrKmVCwhdiHdQOQfKzQdcSjZmWkU5EsHFLYTxOq6Ga10DhAyEZW1a1-ujhd9gK=s16000" style="font-size: medium; font-weight: 400;" /></h2><div style="text-align: justify;">Danger City é atacada pelos bandidos do seboso Ramon que procuram uma soma avultada. Incapazes de encontrar o dinheiro, os bandidos matam ou tomam como reféns todos os homens, deixando apenas mulheres e crianças na cidade. Um grupo de forasteiros vai ajudar a restabelecer a ordem. Giuseppe Vari é na minha opinião um dos bons realizadores do grupo dos autores menos consagrados do western italiano, os filmes dele são invariavelmente produções modestas, mas destacam-se no meio das centenas de filmes dessa safra. Este “Degueyo” é um dos dois dele que não conhecia e até ver o único que me desapontou, a mim pareceu-me uma espécie de novela mexicana. A versão que assisti foi um TVrip da Rai em que algum bom samaritano colocou um áudio espanhol das américas. Talvez essa dobragem me tenha adormecido ou então foi mesmo o cansaço natural de quem anda há 23 dias praticamente só a ver westerns-spaghetti. Vou dar-lhe uma revisada lá mais para a frente se, entretanto, surgir alguma versão com áudio diferente.</div><h2 style="text-align: left;"><br />24. Captain Apache (1971 / Alexander Singer)<br /><br /></h2><h2 style="text-align: left;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfFwbo-bjI8h01Yz-uAr-uW3W9HdT-aSLgAKFCzdDvwvNVfwBNtLqqvE7_7DGWo95mezaUHsewE8ws3EXLe92fiJyu9Q6shmEL6ohXBZXjY17TBCLECgu902XVXvg7MVjXK8WpHrYHzz4/s16000/24.jpg" style="font-size: medium; font-weight: 400;" /></h2><div style="text-align: justify;">Não tinha planeado mas acabei por voltar a ver um filme com o Lee Van Cleef ao vigésimo-quarto dia de maratona. Este “Capitão Apache” já o tinha começado a ver algures no passado, mas não consegui lidar com o péssimo genérico inicial, que conta com uma cantoria do nosso estimado LVC. Desta vez enfrentei o monstro com a ajuda de meia garrafa de moscatel. Não estava muito enganado nas expectativas, o filme ainda que tenha a presença de uma série de actores europeus habitués do género e de ser rodado em Almeria, não deve absolutamente nada ao estilo que todos reconhecem ao western-spaghetti. Música errada, bla-bla-bla sem fim e enredo demasiado intrincado para o seu próprio bem. Resumindo, focado num mistério que demora demasiado tempo a ser explicado. Para a história fica apenas a magnifica peruca de Lee Van Cleef!</div><h2 style="text-align: left;"><br />25. Anche nel west c'era una volta Dio (1968 / Marino Girolami)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiadlsfIEMCO6nmQXWwSNR4xD7CM0C5oM8qI0Lr_t2T5kQOyfYedbksB9m_dKaQE-c9PKJ9K-QJGdQUE32DM0fZ83HqAsOUFPnAdARZ2BUJkGkFxUAJHHcVtnMG4uGG07lX_THqMig9TzI/s16000/25.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Ao vigésimo quinto-dia apetecia-me tudo menos ver um western-spaghetti. Chatices no trabalho, duas escolhas menos felizes nas noites anteriores e a fadiga naturalmente provocada pela overdose de consumo de um só género cinematográfico. Qual macumba, os primeiros dois filmes da pen drive que piquei, deram ambos erro de leitura. Ao terceiro lá funcionou e o filme foi este “Anche nel west c'era una volta Dio”, que é curiosamente uma adaptação para o velho oeste do clássico da literatura “A Ilha do Tesouro”. Os italianos tinham estas ideias malucas e a coisa correu moderadamente bem mesmo sem barcos, ilhas ou piratas pernas de pau! A realização foi do veterano Marino Girolami, papá do favorito dos amantes de cinema de acção europeu, Enzo Castellari. Bom elenco com destaque para o impecável Gilbert Roland e Roberto Camardiel no seu typecast. Nódoa no pano do Richard Harrison, completamente inexpressivo.</div><h2 style="text-align: left;"><br />26. Valdez, il mezzosangue (1973 / John Sturges)<br /><br /></h2><h2 style="text-align: left;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9arWDDXWW2GC0K1aCVyfkkKq3MOLG0kC6IlTr2pLoRKeODsOLKjamHdS_-xMIXEt2quBcWvbkxtUN46pzI36AXqP8W47TE-X2nEQhCysSD86nllmtyCE9ZQx3dQ0yOC0EIb6WujroiUw/s16000/26.png" style="font-size: medium; font-weight: 400;" /></h2><div style="text-align: justify;">Chino Valdez, um criador de cavalos mestiço, contrata um rapazola que fugiu de casa para ser seu ajudante. Quase simultaneamente, ele concorda em vender um cavalo e ensinar a montar a esbelta irmã do maior rancheiro da região (Jill Ireland, companheira de longa data de Bronson). Daqui nasce um enredo amoroso que terá consequências dramáticas para todos os envolvidos. Apesar de rodado em Espanha e ter alguma gente europeia envolvida no elenco e equipa técnica não encontrei aqui qualquer relação de estilo com o típico western-spaghetti. Fiquei sobretudo desapontado com a ponta final do filme, que não resolve a situação de forma satisfatória. Não é o filme que esperava do John Sturges (Os Sete Magníficos).</div><h2 style="text-align: left;"><br />27. La Resa dei conti (1966 / Sergio Sollima)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYWUNdhVWX7eYLXJA4NoMsAm_RwiP7rBpEEpsUo_3uudxDCUQizELQ5y7pkNILMEO6VRhjwXAKvKyXwkwzPdr4pdniMPpIxy2iF_DuqCJSd4qWmA5-9_XlsOwSwNQ_XilYbZBYUhU5DZA/s16000/27.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Ao vigésimo sétimo dia de Novembro chegou o momento de rever este filmaço de Sergio Sollima, um dos spaghettis que facilmente se bate com a trilogia de Leone. E eu já não o via há mais de uma década, se não estou enganado terá sido lá nos primórdios de vida deste blogue. Na época não era um filme fácil de encontrar e a edição cristalina ainda estava por ser descoberta. Felizmente, em 2021 existem diversas versões HD no mercado e por alinhamento dos astros até passou por estes dias uma versão bonitona na grelha do FOX Movies Portugal. A trama envolve John Corbett (Lee Van Cleef), um caçador de recompensas que é levado a caçar Cuchillo Sanchez, um camponês mexicano acusado de violar e matar uma menina de 12 anos. Um enredo simples, mas clássico, dirigido de forma magistral por Sergio Sollima. Um dos melhores duelos que alguma vez assistirão, está aqui mesmo!</div><h2 style="text-align: left;"><br />28. La ciudad maldita (1978 / Juan Bosch)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMWuSGsVR0H7pmKrLxBrK7TCYIS9XJBjV7slEGkecEjiI-ljJEI-wgIRkWETD0rtRqrOpGyehNtVfgoiYXHMMb8W6pjIEc55KoC1AZc0oeZACqx425Gpf9HAVNThFictvCmLsZy9v1D_w/s16000/28.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Chegou a ser um dos westerns-spaghetti perdidos para o mundo. A páginas tantas lá apareceu uma versão que apenas poucos tiveram acesso. E em 2021, sem qualquer explicação, está à distância de um click num desses sítios mal-afamados. Sobre o filme dizer-vos que segue a linha de um qualquer filme da saga Sartana mas sem o magnetismo do estupendo Gianni Garko, que boatos dizem até ter sido a primeira escolha para o papel. Mas faltou graveto e quem protagonizou foi um tal de Chet Bakon, um actor que depois deste filme (o seu primeiro) desapareceu sem deixar rasto! </div><h2 style="text-align: left;"><br />29. Lucky Luke (1991 / Terence Hill)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuE07MGjfyeTOOP6844j2B4txuJfDO2gjp0N4dG28fy0gawGm6DwhICXOKaLYQcLyla2RRLzwFcm0xWTbbisR1jfQw9bO4MyxOuI9rpviHXTDWTyjrmoMSyGyqGuUdk5UZ8dNwPzDmTrk/s16000/29.png" /></div><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;">Há muito que andava para rever este filme realizado e protagonizado por Terence Hill, numa época em que o western-spaghetti já era apenas uma memória distante. O filme é obviamente uma adaptação para cinema da personagem da banda desenhada, Lucky Luke, mais especificamente uma adaptação do livro “Daisy Town”. E a ideia era servir de piloto a uma série de televisão direcionada para um publico mais infantil. Eu recordo-me de a ter visto quer na TV nacional quer na espanhola em meados de noventas, mas além do genérico pouco ou nada recordo. Casualmente acabei por sacar o dito “Daisy Town” da prateleira e lê-lo antes de começar a ver o filme. Talvez por isso fiquei bem desagradado com a adaptação, que nem é fiel á trama apresentada no livro nem ao seu humor. Se bem me recordo, o filme de 2009 com Jean Dujardin no papel do cowboy solitário dá quinze a zero a este. Mais valia ter revisto esse. </div><h2 style="text-align: left;"><br />30. Winnetou I (1963 / Harald Reinl)<br /><br /></h2><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM7pDXuxlIatlhgvxAwSfXVJQs_7CZZ3RCLHNg4B2H7Sl5QjroKohyqGr1lJzFr4XuQyU8lFlrwEOqvtedAl0Z1akd6N6ekEhUU3Se5G0dV2UlF74IXGovEdx4Xcqqor65WdJcJOoPTbo/s16000/30.png" /><br /><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Último dia de overdose spagvemberfest! Para fim de maratona, tal como no ano passado, resolvi alinhar mais um capítulo da saga Winnetou. Não estou bem informado sobre estes filmes, mas desde logo estranhei que as personagens do filme que vi no ano passado (O Tesouro do Lago da Prata) se tratem aqui como desconhecidos. Não apreciei essa falta de continuidade, mas porventura haverá uma explicação. O elenco é recheado de nomes sonantes, além de Pierre Brice (Winnetou), Lex Barker (Old Shatterhand), ainda temos Mario Adorf e Walter Barnes. A acção envolve obviamente brigas entre índios e cowboys, desta vez motivadas pela construção de uma linha férrea, há ainda um sub-plot relacionado com brigas inter-tribos. Achei-o muito inferior ao capitulo que tinha visto no ano passado mas novamente de realçar os cenários espectaculares, muito bem captados na fotografia. E foi isto meus amigos, para o ano há mais!</div></div></div></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-59431203537716910492021-11-07T21:01:00.004+00:002021-11-07T21:04:15.064+00:00À conversa com António Araújo no Podcast Segundo Take: Episódio 304 / Remake à moda do western spaghetti<div style="text-align: justify;">Estivemos recentemente à conversa com o ilustre António Araújo, no seu Podcast <b><a href="http://www.segundotake.com/" target="_blank">Segundo Take</a></b>. O pretexto foi falarmos um pouco de nós, do livro <a href="https://www.wook.pt/livro/por-um-punhado-de-euros-emanuel-neto/24734135" target="_blank"><b>Por um Punhado de Euros </b><b>- O Génio de Leone, o caixão de Django e a loucura de Fidani</b> </a>e claro do western-spaghetti com foco no clássico <a href="https://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2010/08/e-dio-disse-caino-1969-realizador.html" target="_blank">"E Dio disse a Caino"</a> e o filme que o precedeu <a href="https://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2016/04/uno-straniero-paso-bravo-1968.html" target="_blank">"Un straniero a Paso Bravo"</a>. O episódio está agora online e podem ouvi-lo directamente no sítio <a href="http://www.segundotake.com">www.segundotake.com</a> ou nas plataformas habituais. Abaixo o player para uma dessas!</div><div style="text-align: left;"><br /></div>
<iframe allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; fullscreen; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="232" src="https://open.spotify.com/embed/episode/5wchj92L7egudxCoQkNozv?utm_source=generator" width="100%"></iframe>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-88600676319571887262021-10-31T13:00:00.002+00:002021-10-31T13:01:06.211+00:00Está a chegar mais um SpagvemberFest! Vais ficar de fora?<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuJALCuLJs1FHuLj097iG5soIs_hNL-TcuCCmF_0LOiFEFV8AV4xZy4dGnNyLHc8ALEn74XwF9OETd0cA_sCZk46bV2cztTuw6qSFfqdxo-y5hx1el2HRqDFJaCVR-eBFAm-HRbaWidyo/s16000/spagvemberfest2021.png" /><div><br /><div style="text-align: justify;">O mês de Novembro está a chegar e como é habitual a página <b><a href="https://www.spaghetti-western.net/" target="_blank">The Spaghetti Western Database - SWDb</a></b> abre o seu SpagvemberFest. A proposta é simples, durante um mês vamos todos meter os blockbusters da moda de lado e entregar as programações caseiras aos westerns-spaghetti. Revejam clássicos, descubram filmes fantásticos que não imaginavam existir! E encham as timelines das vossas redes sociais de coboiada europeia. E claro, usem a hastag para ampliar a mensagem! #spagvemberfest </div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Onde saber mais sobre o SpagvemberFest:</b></div><div style="text-align: justify;"><br />1. <a href="https://forum.spaghetti-western.net/t/the-what-why-and-how-of-spagvemberfest/5650" target="_blank">The What? Why? and How? of SpagvemberFest!</a></div><div style="text-align: justify;">2. <a href="https://forum.spaghetti-western.net/t/spagvemberfest/3590/1911" target="_blank">SpagvemberFest!</a><br /><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Não sabes que filmes escolher? Temos algumas sugestões:</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: left;">1. <a href="https://letterboxd.com/pedropereira/list/ranking-western-spaghetti-blog-por-um-punhado/" target="_blank">Ranking western-spaghetti segundo o júri deste blog</a></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: left;">2. <a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Essential_Top_20_Films" target="_blank">Os 20 westerns-spaghettis essenciais - Via SWDB</a></div><div style="text-align: left;">3. <a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Alternative_Top_20" target="_blank">Os 20 westerns-spaghettis alternativos - Via SWDB</a>.</div><div style="text-align: left;">4. <a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Quentin_Tarantino%27s_Top_20_favorite_Spaghetti_Westerns" target="_blank">Os 20 westerns-spaghettis favoritos do Quentin Tarantino - Via SWDB</a></div><div style="text-align: left;">5. <a href="https://www.hollywood.com/general/the-20-best-spaghetti-westerns-ever-made-60105110/#/ms-8176/1" target="_blank">Os melhores 20 westerns-spaghetti jamais feitos - Via Hollywood.com</a> </div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-31374758722162934922021-10-17T18:28:00.002+01:002021-10-17T18:28:26.170+01:00Oeste Nevada Joe (1964 / Realizador: Ignacio F. Iquino)<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFCEza4HxQNvYaA1G1N5prYebdGXa_ri0KFyv8WT-2CYbBiYAv_q2eZlhjJXqm1R-vqDUcgWSVIQXm0ejbUWao-5GQ0GzXQoUvr8v8YnibBMFL_FKs4K5ftUPzwc00CiawxFc2e6VgSZ4/s16000/oeste+nevada+joe+poster.png" /><br /><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O renomeado pistoleiro Joe Dexter, chega à cidade mineira de Golden Hill. Procura alojamento e algo para afagar o pó do deserto, mas não tarda a envolver-se num duelo em curso no saloon da cidade. A sua destreza no manejo do colt garante-lhe sucesso imediato e o pulha que acabara de matar um homem à traição, recebe a paga em chumbo quente. A dona do saloon, Mary Blue, fica extremamente impressionada com o feito e rapidamente tenta convencê-lo a trabalhar para ela. No entanto o pistoleiro não demonstra qualquer interesse em trabalhar para uma mulher, ignorando até a asinha que a bela Mary Blue lhe lança. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpb7odL_iqkSHa6TShuLMQT7S-gon6EH7_Ip5p-h5CIPR4e-w9re8jErEUNsfKLqJHJNkoxsflZMG9imLO8famTX8rJhu69HP3_vnsmOXAEtB9vfNcyZRTzs7ZhffUNztLxvGbKkNqdMY/s16000/1.png" /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">George Martin e a guapíssima Katia Loritz.</span></div><div><br /><div style="text-align: justify;">Não tardará o momento em que outra mulher lhe oferece proposta idêntica. Desta vez será Julia Brooks, a dona de uma das maiores minas da região. Julia tem entre mão um problemão: os seus carregamentos de minério são frequentemente usurpados e precisa urgentemente de alguém que lidere os seus homens! Nitidamente acostumada a lidar com grandes imbróglios, não está com meias palavras e manda os capangas encurralar Joe e levá-lo até ela. Ora, Joe não aprecia a coação e declina a oferta de trabalho, mas não sem antes dar uma valente lambada aos capangas. Alguns dias depois, um novo envio de minério ocorre e mais uma vez é atacado. Desta até Julia acaba ferida, acontecimento que vai fazer com que Joe mude de ideias abraçando a tarefa. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijhGK1QSohbJOdQBSGGzNH95wk-RnkMZ-7XyidY0yBkhDNbuhGM1uz3t2WkGMTL2YmzcO8yBB3Obh3TvswV7D7G6HTA1RqCvrhF-0UGvqZxZNDq5meiwh5HbcB8g0NS39p-YzxGCoCB2E/s16000/2.png" /></div><div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Joe é encurralado, ou será que se deixou encurralar?</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/search/label/Ignacio%20F.%20Iquino">Ignacio F. Iquino</a>, um dos valentes do cinema espanhol de género, assume a escrita, a produção e a realização deste <b><a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Oeste_Nevada_Joe">“Oeste Nevada Joe”</a></b>. As influências do western clássico americano são incontestáveis, com bastantes paralelos com o <a href="https://www.imdb.com/title/tt0047136/?ref_=fn_al_tt_1">“Johnny Guitar”</a> de Nicholas Ray. O que estou certo fará muitos decliná-lo entre outra qualquer escolha do filão western-spaghetti. Não serei eu a dizer-vos a fazerem o contrário, acreditem. Trata-se evidentemente de um filme desprovido da violência, a que nos habituámos no pós-Leone. Mas se não vieram aqui parar por engano, acredito que nalgum momento já terão visto algum filme com a participação do espanhol, George Martin. Um verdadeiro ginasta, mestre na arte de bem socar, rebolar e saltar. Portanto se apreciam um western com maior dose de luta mano-a-mano que tiroteios, provavelmente não ficarão desiludidos. Novos fãs, devem esquecê-lo por ora.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnEyId9SAqwaa8rPMq81gHXXd4B_0-Dk8fEC7N_P8k_vYgZGc9vaHw18SZc0PUUrmp1XeEXV5AotWty4lTnTRnZucRYHBKlGqoQPJ2hB6qybww9qEA4JzecMVf_Se4J8ARtmClcKtrV5s/s16000/4.png" /></div><div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Para reflectires sobre a quem apontas o rifle.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">George Martin é na verdade o alias de Francisco Martínez Celeiro. Ele foi um dos primeiros astros do western europeu. Extremamente activo desde os primeiros anos do filão, assumindo quase sempre a personagem principal dos seus westerns chegando mesmo a assumir em situações pontuais a função de realizador, como aconteceu no «filme fantasma», “Vamos a matar Sartana” (saibam mais sobre esse episódio rocambolesco <a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2021/04/vamos-matar-sartana-1971-realizador.html">aqui</a>).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgToNeha4Px1AJ-EnPsFhmblCsKuRl2zgguMpW1X8c2Xzltc-GZG5xax4IvfXiW3LKN0tij3yP4Xl67iOLpcb_IN4NpoSILKfff9QAVc9_ye6MMxwPwhJwJkKt2RbysjZZfvbfS-Ioq-rY/s16000/3.png" /></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Estes mineiros não são de fiar.</span></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas nem sempre tivemos um Martin de bom coração, na verdade muitos lembrar-se-ão dele sobretudo pelas suas entregas enquanto vilão nos imperdíveis: <a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2010/04/il-ritorno-di-ringo-1965-realizador.html">“O Regresso de Ringo”</a> de Duccio Tessari e <a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Per_il_gusto_di_uccidere">“O Prazer de Matar”</a> de Tonino Valerii. Também fez filmes de aventuras, espionagem, terror e giallo, abandonando a arte em meados de setentas com o aproximar do declínio deste tipo de cinema. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">George Martin faleceu em Miami no passado mês de Setembro, vitima de ataque cardíaco causado por insuficiência renal derivada de uma obstipação grave. A sua saúde ficara fragilizada nos seus últimos meses de vida desde que fora infectado com COVID-19…</div><div style="text-align: justify;">RIP</div></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-59313485445126541702021-09-05T19:09:00.020+01:002021-09-05T19:22:07.169+01:00L'uomo della valle maledetta (1964 / Realizador: Siro Marcellini)<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh86219b6QOnK2ttlF1HvCNfSI3W4dAMYlECb2bOoMfr4MAh9GXhPmEZ4QpcdjFQi7T0oKOWPLMC82EwBPpHWXZDH2A4KXbyjyjE5dhcyjzGnbIuWbTnohHPMmK2y64vlsOQyw38aXYyV0/s16000/poster.png" /><div><br /></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Muitas vezes por cá temos falado de westerns-spaghetti com sabor a western clássico. De todos os que assisti este foi provavelmente aquele que, não soubesse eu da sua origem, facilmente tomaria por uma produção gringa. Tal o ambiente! Há muitos factores que para isso contribuem, mas a razão principal atribuo-a à banda sonora, tirada a papel químico de um qualquer western B americano. </span><span style="font-family: inherit;">Genuinamente americano é o protagonista da fita, o bonitão <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Ty_Hardin">Ty Hardin</a>. Actor que tal como Clint Eastwood, também voou para Itália depois de se dar a conhecer em terras do Tio Sam numa série de televisão de temática western. No caso de Hardin, a sua personagem Bronco Layne foi curiosamente transitando entre shows, primeiro em “Maverick”, “Cheyenne” e “Sugarfoot”, até firmar-se em solo no seu próprio título, em “Bronco”. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5CM-fjxxH9o1uEkECFTgWTQuvs4ETQeYW1CUwZ3YV-1-Xz2B-a7cOumaud8gZD6lcSfaRID1x7NpLhemGRwLUplUAihXMHHkwEKmSdf-E98QgWWHMrBu5ZA3frgMTbatGz6H2mfgwlcw/s16000/vlcsnap-2021-08-29-15h14m14s290.png" /></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Ty Hardin, o bom samaritano.</span></div><div><br /><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">E por Itália ficaria durante muitos anos onde trabalhou sobretudo em, claro está, westerns. Infelizmente para ele nenhum deles de real nota, e por isso votados na esmagadora ao esquecimento. A estreia deu-se precisamente com este <b><a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Hombre_del_valle_maldito,_El" target="_blank">“O Pistoleiro do Vale Maldito”</a></b>. A trama do filme é tão simplória que dói. Consigo até imaginá-la numa versão encurtada como um episódio de uma série de TV, mas não funciona numa longa. Sobretudo com a erosão dos anos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Tudo começa numa tenda índia. Uma mulher branca está prestes a ser abusada por um trio de apaches (alguns mais branquelas que eu, é esse o nível da produção), nesse mesmo momento o marido irrompe por adentro do tipi e a porrada começa. A mulher dá à soleta durante a confusão, visivelmente abalada acaba por deslizar por uma ravina abaixo. Por sorte Johnny (Ty Hardin) está por perto e resgata-a. </span><span style="font-family: inherit;">Mas no encalce seguirão ainda assim os apaches, esses desgraçados que a TV e cinema americano se encarregou de demonizar em anos e anos de produções westerns. Esta não é uma ameaça que o western-spaghetti nos habituou a incluir no menu, e quando o fizeram, os resultados foram quase sempre modestos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div></span><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOxGWKCGX_4UdlbousMMryeoVqZeh8QrF8nRHL7wIWTwxGVaFxdr1beSdblyM4IRP_fLtxCKNYROqSWIcaK2Mu9aZgLlvAVYcKeRdFmDNZEwi_6mG9lQoFp5yzz3KeCOE48SIP42AXA5Q/s16000/vlcsnap-2021-08-29-15h11m52s119.png" /></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Os vilões mais insípidos que poderíamos ter. </span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O desenvolvimento da acção lá segue com briguinhas entre índios e cowboys, num ritmo francamente sonolento, tendo ainda assim o mérito de abordar temas raciais num estilo muito “Romeu e Julieta”. De recordar que Gianni Puccini, deu também ele uma abordagem em modo western a esse clássico de Willian Shakespeare no espectacular <a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.pt/2012/09/dove-si-spara-di-piu-1967-realizador.html">“A fúria de Johnny Kidd”</a>. Esse sim, um filmaço que aguentou bem ao longo dos anos. </span><span style="font-family: inherit;">Já este aqui, remanesce como uma curiosidade para fãs mais completistas do género. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Ty Hardin ficaria mais 8 anos por Itália, participando igualmente em 8 filmes do género. Em nenhum desses trabalhou com nenhum dos grandes realizadores que por lá gravitavam, e talvez por isso nunca tenha firmado um grande sucesso. Tendo estado porém ás ordens de Sergio Corbucci numa ocasião, mas aí numa produção euro-spy chamada <a href="https://www.imdb.com/title/tt0061397/" target="_blank">“Bersaglio mobile”</a> que em Portugal veio catalogado como “Homens Desesperados”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div></span><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI_-7uJc3ebjWaT4wE0gI2aJwERbx9vEAhRIMFhAj6-FeFYFTY3JaJIBwrf33DUjwDMqwIP-Vep_2qIBU5MVQMZ9ZXNeaPwT87veXSrEDDPpURRp7WZm4sRGCADAjheBbqSZI-Iyh0YEM/s16000/vlcsnap-2021-08-29-15h08m12s363.png" /></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Silêncio que se vai cantar o fado.</span></div><div><br /><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Uma curiosidade sobre essa fita, antes de vos deixar ir embora. Se viram o mais recente filme de Quentin Tarantino, <a href="https://www.imdb.com/title/tt7131622/?ref_=nv_sr_srsg_2" target="_blank">“Era Uma Vez em... Hollywood”</a>, provavelmente saberão que ele aborda a vida destes astros da TV americana que nos sessentas tiveram que fazer as malas e partir para Itália. Nesse filme, a personagem Rick Dalton - estrela da série de TV “Bounty Law”- recebe uma proposta de um tal de Sergio Corbucci, «o segundo melhor realizador italiano». </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Tarantino reconta-nos obviamente a história de Burt Reynolds que foi fazer <a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2011/08/navajo-joe-1966-realizador-sergio.html">“Navajo Joe”</a> com Corbucci, mas poderia facilmente aplicar-se o mesmo a Clint Eastwood ou a este Ty Hardin. Tal é, que nas cenas seguintes foram inclusive inseridas frames do já citado, “Bersaglio mobile”, numa sequência de perseguição automóvel habilmente cortada e colada entre as novas filmagens com o Leonardo DiCaprio. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Podem falar mal do tio Tarantino à vontade, mas uma coisa é certa, se não fosse ele, muitos destes filmes de género e pessoal que neles gravitou, estariam votados ao mais profundo esquecimento. Portanto, honra a quem as merece e esquece lá a aposentadoria.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div></span></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvZU0sQf8QXQJU_qQnkIjZCzNvo3N8rH4uOWYC7fDG3MhyH038Xa3xjt_dc6BsJ4lpZq8W3zZeVxiVIDPRkf3BqqWokNWCYSEQ7vUIlAqizgzwJzLGIG2oOrdj06E2JQGM2nLBa37VECc/s16000/rS6nWj9GOuybIPep2INn1HDySdo.jpg" /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Poster original italiano de “Bersaglio mobile”.</span></div><div><br /></div><div><br /></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc6X9MTv6qcq0XJmtRkF6XG6j2QITph6uu3vc5ACbeVVocl57JUinLsV7aqTVm5mLyJusvZdkYbIGRklhPSl_BvdyV6sJ1HjVfMUiNuYBED3wUdADYE8ReICN6cXu1VrfaHxMcf_BnCZw/s16000/once-upon-a-time-in-hollywood-poster-2.jpg" /><div><br /><div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Poster falso para o filme fictício “Operazione Dyno-O-Mite!”.</span></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p></div></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-79547235112321536582021-08-15T00:32:00.001+01:002021-08-15T00:32:27.213+01:00L'uomo che viene da Canyon City (1965 / Realizador: Alfonso Balcázar)<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIghSY0TzvlSxZXTejSDJivH8ageRyAvZLVwQ3nhRyLU66ZfsIRclLLkbjqIL2KArvo23LUTprWe1JQNm_-mTbfquNHjjiiD0lVQOgh5kKGlVGZ5oQWLu41Dw6rdRhna8VI0003NW1ffk/s16000/vivacarranchoit.png" /><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Algures no meio do deserto, Rayo e Carrancho caminham acorrentados sob forte guarda prisional. Num piscar de olhos aproveitam um descuido dos guardas e mandam-se por uma ravina abaixo. A perseguição sucede-se imediatamente, mas no jogo do gato e do rato, os dois foras-da-lei levam a melhor e escapam sem mazelas. Sem hipótese de se libertarem das correntes não lhes resta outra hipótese que não seja entrar em acordo sob qual o rumo a seguir. Acordo feito, lá seguem caminho, mas quase imediatamente os dois dão de caras com uma tentativa de assalto a uma diligência. Sem nunca se porem a descoberto, escutam uma informação empolgante: A localização de um pagamento de 70 mil dólares, destinados às minas de prata. O portador da maquia é um tipo texano astuto, que não só repudia o ataque à diligência como também escapa à tentativa de roubo encetada entretanto pelos dois meliantes. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijBbx1uE_EjnSS0buYDTufN-RXE-n4Zu-TxP8MGU519frg8J31gI9NIJ6qG1bQ7H_wRNqNJcLKPEsRkIMueNJEXBvYD1jzod2_ceKTm_bxlFS0p3_eogCivfzPmFUh6m9qEeVyYaF-d_E/s16000/vlcsnap-2021-08-14-18h36m50s756.png" /><div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Rayo (esquerda) e Carrancho (direita), unidos pelos elos de uma corrente.</span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Todavia estamos na presença de patifes trabalhadores! Pois bem, ao aperceberem-se que o dinheiro tem como destino o rancho de um tal de Morgan (Robert Woods), encontram forma de serem por ele contratados. Rayo, faz-se valer da agiliza no gatilho e é naturalmente contratado como capanga. Já Carrancho alista-se como cozinheiro, uma profissão adequada para o gorducho. O intuito de ambos é fazerem-se passar despercebidos e localizar o local exacto onde o dinheiro mora, e só então executar o golpe. Melhor, golpes, que por esta hora já é cada um por si! Os planos individuais parecem ter pernas para andar, mas o que nenhum deles esperava certamente era bater de caras com um esquema de escravatura engendrado pelo deplorável Morgan. Tornando-se ambos improváveis defensores dos <i>peones</i>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic3NtItaPF00XwyQ0ZGxMGgp24m-0s1LjMMQ9aArKqSTlJE6yBGH4_l_QEleWcKLj_ldClDfKVaO-MwlqP5MWE3yDJN8amamw9P6fUULR-MwJqh-ccP9MbAhK0hYBzsHAERRdAI4XLP9c/s16000/vlcsnap-2021-08-14-18h41m14s632.png" /></div><div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Carrancho: Simpático, larápio, trapaceiro e agora salvador dos fracos e oprimidos!</span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></div><b><a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Uomo_che_viene_da_Canyon_City,_L%27" target="_blank">“L'uomo che viene da Canyon City”</a></b> é o segundo filme do contrato de Robert Woods para o clã Balcázar, e neste capítulo ao contrário do que seria regra nos seus westerns seguintes, desempenharia o papel do antagonista. A sua personagem é um tipo sem escrúpulos que não só se entretém a explorar a mão-de-obra mexicana usada na extração do minério, como ainda congemina esquemas para arrebatar o dinheiro dos pagamentos do governo que legitimamente lhe haveria de vir parar. Forçando assim o duplo pagamento. E no elenco temos também o impecável Luis Dávila, no papel de Rayo. Para os mais distraídos será uma cara nova, mas o actor argentino foi um <i>habitué</i> nos westerns espanhóis mais madrugadores e como tal, parceiro habitual nos filmes dos Balcázar (<a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Uomo_dalla_pistola_d%27oro,_L%27">L'uomo dalla pistola d'oro</a>, <a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Dinamite_Jim" target="_blank">Dinamite Jim</a>).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLmNpMLYA6s9v8br26CZ4aCIiHPA9rbocxLNxcKGCYoQe6LF7Pa1jFmhXo6ytqUgRLuKztLvwF8frCm1v_7dds3GEL9BNUDgzDK85rADrH1YctuV5HUyZPbA8fvH4kiaPuAnF9FPAdAT4/s16000/vlcsnap-2021-08-14-18h38m02s640.png" /></div><div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Todos se acagaçam na hora de saltar para dentro dos carris.</span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>O filme tresanda a western paella e até mesmo o título espanhol – Viva Carrancho – é o que me parece mais apropriado. Um título que não deixa margem para dúvidas, a personagem que rouba a tela é a de Fernando Sancho, que genuinamente saca umas valentes gargalhadas ao espectador menos sisudo. Curiosamente, ele e Robert Woods contracenaram nesse mesmo ano em <a href="https://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2013/03/los-pistoleros-de-arizona-1964.html">“Los Pistoleros de Arizona”</a>, onde Sancho interpreta igualmente uma personagem chamada Carrancho. Além do nome existem poucas singularidades entre ambas as personagens, podendo e devendo, encarar os filmes como dissociados. Resumindo e baralhando, se procuram um grande western para preencher os vossos corações, sigam caminho. Ainda assim, como é boa regra nos filmes de Alfonso Balcázar, o entretenimento está minimamente garantido. A fotografia é cuidada e a acção é literalmente explosiva! É arriscar e não piar!</div></div></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-65733922831655533462021-07-25T14:59:00.001+01:002021-07-25T15:07:00.624+01:00La bataille de San Sebastian (1968 / Realizador: Henri Verneuil)<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1prkgUCponaGhAwIH_RdM2CiWOgpXwfeyEz_A6ZrgX4wNas5U1T2QAR2IRbsxFz813wckkFrDL2vDA4TBXN4u99PVwwiTap79xa8dBcegSXfHswfjSmbsbmon-ItCaIIWm2Jn-oPT9aw/s16000/Guns+for+san+sebastian_poster.png" /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Estamos em 1746, México. Leon Alastray, um rebelde sem causa irrompe adentro de uma igreja à procura de refúgio. Atrás dele seguem uma catrefada de soldados espanhóis desejosos de lhe afinfar o pêlo. O padre Joseph, clérigo em funções no local dá-lhe guarida e recusa-se liminarmente em entregar a custódia do homem. Sem tardar e como paga, o seu superior manda-o ir pregar lá para a terra onde o diabo perdeu as botas. Numa aldeia chamada San Sebastian. Sem nunca perder a cara e a crença, o velho padre aceita a decisão e faz-se ao caminho, mas não sem levar o rebelde oculto sobre a sua carroça. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1p3BR0Gt-EcuuVsl8gTIyr_XQpHl_PpsWacaoAg_DDKrAYXEEXLKiprY7N70aXbS0oYYqa4k-thscF8mDgW4mQ-_6pOxAgtBAzdIEjp0iIu1EiW3_BPR09x7IgCf4j_mh_4rWa2UoCwA/s16000/vlcsnap-2021-07-25-13h33m49s000.png" /></div><div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Este Uber não é nada confortável, vai levar uma avaliação negativa!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Nos dias seguintes os dois homens enfrentam os desafios do deserto e a chegada ao destino não é de todo certa. No entanto, mesmo em extrema dificuldade lá conseguem atingi-lo. Acontece que mal chegam ao lugarejo, são imediatamente emboscados pelos homens de Teclo (Charles Bronson), um mestiço que mantém a população sobre um clima de temor constante. No breve conflito que se dá nesse momento, o padre acaba fatalmente ferido e o rebelde é confundido pelos aldeões como homem de Deus, tornando-se assim, por mero acaso, no novo padre de San Sebastian.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Anthony Quinn, actor de mão cheia com créditos tanto em grandes produções, como em menores veículos de acção, é evidentemente o rebelde de que falo. E meus amigos: ele rouba claramente o show com a sua personagem! O engraçado é que não tinha de ser assim. É que como antagonista principal temos outro astro em ascensão na época: Charles Bronson! Mas infelizmente, mesmo que a personagem de Bronson tenha um papel relevante no desenrolar da trama, nunca chega a ser devidamente dissecado… O que representa um perfeito desperdício de talento! Isto afecta a qualidade intrínseca do filme, na minha opinião. <br /></span><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh2KyyrpYaU8OOF-grOwjlDWY8HVTIM9w1nO-cCIkbaYjT1nO31s6hkljqrSuSYallLCHWb9XQwLVhSadJpPMqyV3nWzScitfrvAAPig-34hWdRMQB8KD7lAQhJcaJNa651G3Cts3As9M/s16000/vlcsnap-2021-07-25-13h38m48s825.png" /></div><div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Leon escapa aos soldados mas não a Teclo.</span></div><div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Há quem defenda que este filme não entra no saco dos westerns-spaghettis, mas tecnicamente faz sentido considerá-lo. A saber: a produção é de facto europeia. Neste caso partilhada entre franceses e italianos e até somos brindados com uma banda sonora do maestro Ennio Morricone! De resto, pouco paralelo existe entre ele e o estilo do “nosso” western, devendo muito mais ao western tradicional americano. E que não haja dúvidas: o filme é extremamente deficitário no que respeita a pistoleiros e duelos. Em vez disso temos uma trama que em certos momentos mais parece um filme de aventuras ou uma variação de “Os Sete Magníficos” e do seu antecessor, “Os Sete Samurais”, dado que também aqui os aldeões são ensinados a defender os seus pertences por um profissional. O opressor adaptou-se para um bando de índios yaquis esfomeados. Et voilá!<br /></span><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Quer Anthony Quinn, quer Charles Bronson haveriam de continuar a fazer perninhas entre Hollywood e Europa. Quinn ainda protagonizaria mais um western-spaghetti, “Los Amigos”, em que contracena com o astro italiano Franco Nero, mas o filme não é lá grande espingarda. Nesta passagem pelo velho continente, quem teria o maior impacto seria o tio Bronson, a quem lhe sairia um verdadeiro jackpot, ao elencar pouco tempo depois naquele que muitos consideram o pináculo do western-spaghetti (e do western no geral), <a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2011/02/cera-una-volta-il-west-1968-realizador.html">“Aconteceu no Oeste”</a>.<br /></span><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7HaRvqKq1rcqdY2Vv075WzXQuxRBXDj4WzyPuGwLxSCjhs-nz0YfLbpbEtgVsjn0a_2WpfkCiez0-VI5tUS_Tg6GVYwS6k3lCUAJDdLPI-MDKz8Br4JYIFHMyVlkkALYlBSQuKZKfrUU/s16000/vlcsnap-2021-07-25-13h42m07s152.png" /></div><div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Leon engendra um esquema para obter armas para a resistência de San Sebastian.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Ora vá-se lá saber como, <b><a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Bataille_de_San_Sebastian,_La" target="_blank">“Os canhões de San Sebastian”</a></b>, está editado no mercado Português (trata-se de uma edição ibérica na verdade), lançada pela Cine Digital no já longínquo ano de 2009. A edição vem munida de áudio francês e espanhol, com legendas opcionais em português. A qualidade de imagem é fraquinha e não a recomendaria a menos que tivesse num daqueles cestos do Jumbo a 1€. Curiosamente agora que peguei na caixa, reparei que o selo do IGAC da minha cópia indica ser a Nº1. Olha a minha sorte! </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Tal como o último filme resenhado aqui no blog, este também passou no mais recente ciclo western da Fox Movies Portugal. A versão transmitida não é muito melhor do que a da Cine Digital, diferindo sobretudo no idioma apresentado, desta em inglês com legendas em português. Mas se são defensores do formato físico, então saibam que ainda há dias atrás foi lançada pela mão da Warner Brothers Archive Collection, uma versão bonitinha em glorioso HD. </span></div></div></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-42373516102984446272021-06-13T14:10:00.005+01:002021-06-13T21:56:50.507+01:00Odio per odio (1967 / Realizador: Domenico Paolella)<p> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiREzmiTD8O2RRRbp-mlOl8Htr4h-3xRf6rJQ6Fu7z58FBjyuJb_vWwgIxySFgFPDZUUQ8uuPtZkFyOX9BlNoQA5AaUdx3nw7hROTthh8noO-dkefmfCeVFa7GaJsmmCg7sXS3_vrP3tiw/s16000/locandina_%25C3%25B3dio_por_%25C3%25B3dio.png" /><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Os fãs de coboiadas têm sido brindados pela Fox Movies Portugal com uma programação farta. O recente mês de Maio então, foi um non-stop de westerns, com a balança pender largamente para a variante italiana. Por entre clássicos e outros títulos já batidos na programação, desta vez surgiram também algumas novidades de maior interesse. A mim despertou-me especial curiosidade este <b><a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Odio_per_odio" target="_blank">“Odio per Odio”</a></b>. O filme não consta na cada vez mais longa lista de westerns-spaghetti com edição Blu-ray. Na verdade, à data que escrevo este texto existe apenas uma edição brasileira cortada e com proporções incorrectas e um DVD-R on demand da Warner Brothers Archive Collection. Nem mesmo no Videoclube do Sr. Joaquim se encontra o dito sem ter que escarafunchar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">“Ódio por Ódio” é o primeiro western dirigido por Domenico Paolella, realizador já veterano por essa altura e que colecionava alguns sucessos, sobretudo em comédias e filmes peplum. Ora, em 1967 esse filão tinha os dias contados e naturalmente também ele transitou para os westerns. Aí chegado e rodeando-se de alguns dos suspeitos do costume – Mario Amendola, Bruno Corbucci, Fernando Di Leo – coescreveu este “Ódio por Ódio”, título comum em Portugal e Brasil. Tanta carola junta é normalmente sinal de que o argumento saiu a ferros, mas o resultado, não sendo fantástico, consegue ser suficientemente interessante para manter o espectador desperto na totalidade da sua duração. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJSaOOfMeZyjyEEKldWAVV298RJvpKv5CfcX2sGuQkCmFK2hq4zyY_rIpQX1qcPSqP7BgVY29YDl0LUayCZs7uBPYUMxtTWwjM6N4-rI8JrsqJd49ZDeFIKhGFFXkRncXOIEgMbzFFfjI/s16000/vlcsnap-2021-06-06-16h37m21s570.png" /><div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Miguel prepara a emboscada.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Cooper, interpretação do Canadiano <a href="https://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/search/label/John%20Ireland">John Ireland</a>, é um velho assaltante de bancos procurado pela lei. Certo dia ele e um compincha de ocasião esvaziam mais um banco. O plano era entrar e sair com o dinheiro sem desferir qualquer tiro, mas o seu parceiro que é mau como as cobras resolve eliminar todos os funcionários à facada. Só porque sim. Entretanto, Miguel (<a href="https://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/search/label/Antonio%20Sabato">Antonio Sabàto</a>), um maltrapilho mexicano fica barrado à porta. O desgraçado só queria fazer o levantamento das suas poupanças e seguir caminho, mas escolheu o momento errado. Ao aperceber-se do que estava a acontecer, resolve seguir os bandidos interceptando a carroça já em pleno deserto. Na sua rectidão, Miguel apenas exige restituição do que lhe é devido, mas por azar alguém à distância observa a transação, denunciando ambos às autoridades. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Os dois são rapidamente presos e julgados, mas as suas sortes serão muito diferentes. Cooper vai parar a um campo de trabalhos forçados onde acaba por contrair malária. Já Miguel, consegue uma benesse e acaba por ser libertado depois de um tipo chamado Coyote subornar o Juiz. Ficando por isso em dívida para com ele. Enquanto isso, </span><span style="font-family: inherit;">Cooper apodrece na carcere, mas jamais revela o paradeiro de dinheiro roubado e o seu antigo sócio não está com meias medidas raptando-lhe a filha. Certa noite ele e os seus capangas infiltram-se nas instalações por forma a resolver a coisa de uma vez por todas! Mas o velho matreiro consegue escapar miraculosamente, qual Mandrake. Já cá fora, com a ajuda de Miguel, confronta os bandidos. E mais não conto.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5CDGpMdx8Z7DD5e45eAf8-3eS7guxrvofxYA-tI_VxcOw0A6gKjJbsL8sNlGyWitmkpr1beJBHZ4Tk2Vg_DmyCWcBCWl4DgBsFwrb7-LdUdccwAqUXLEKcXzNEIqG3eb10mQ2IswC7VI/s16000/vlcsnap-2021-06-06-16h40m07s397.png" /></div><div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Este é Cooper, um bom malandro.</span></div><div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Este era o único western-spaghetti protagonizado por Antonio Sabàto que ainda me faltava riscar da lista, e que bela surpresa foi! O seu personagem, é um tipo pacato estigmatizado pelos gringos e pares, uns por motivos raciais e outros pela sua ambição. Ele só quer largar a vida de prospector de ouro e rumar a Nova Iorque e dedicar-se ás artes. Poderia ser apenas uma sugestão de construção de personagem, mas certo dia quando os capangas lhe atacam a casa, ele faz uso dessas valências montando um complexo esquema de articulações que lhe permite embutir chumbo em todas as direcções, iludindo os patifes, que julgavam estar a duelar-se com um largo número de oponentes. É um dos momentos mais divertidos do filme! John Ireland entrega também uma credível prestação, um grande ator que não gozou de enorme popularidade, mas que muito honrou o género com a sua presença. A ligação entre os dois personagens ainda que não envolta de grande sofisticação funciona perfeitamente. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O que me parece que funcionou menos bem foi o desenlace final. Tem contornos de revolução à moda dos zapata-westerns, mas que julgo deveria ter sido um pouco mais dramatizada. Em vez disso, Paolella optou pelo confronto entre facções com uma verdadeira chuva de fogo, na minha opinião demasiado extensa e não coincidente com o ritmo do filme. Paolella faria logo de seguida um outro western, <a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Execution" target="_blank">As Duas Pistolas de Bill</a>, um filme menos convencional, mas que também recomendo aos fanáticos das coboiadas italianas. Recordar que Antonio Sabàto faleceu já este ano vítima de Covid-19. Ele foi um actor que deixou pegada no género, com uma porção considerável de títulos dos quais se destaca o popular <a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Al_di_l%C3%A0_della_legge">“À Margem da Lei”</a>, onde contracenou com Lee Van Cleef e o então barbeado Bud Spencer. O seu primeiro papel de relevo foi no clássico de corridas de John Frankenheimer <a href="https://www.imdb.com/title/tt0060472/">“Grande Prémio”</a> em 1966. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP4ndLRtVFMMG8KAsrU0eVtdcJ6EqmrZCcF6yglaTroDiqiC2HjpgE_agBN0nF6diIstFIgwVOefkHv6KFKr2hMJYA3YvFfBv2NNhSawfZQI8xuS5RjjoOKIxQkxAaY9MVl-L58mhAhP4/s16000/vlcsnap-2021-06-06-16h47m30s424.png" style="text-align: start;" /></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: small; text-align: center;"> Tomaram este mexicano por parvo. Agora levam o bucho cheio de chumbo!</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Nas décadas seguintes foi astro em dezenas de filmes série-B, desde giallo, policiais, pós-apocalípticos, guerra, etc. Deixou ainda neste mundo o Antonio Sabàto Jr. que também seguiu as pisadas do pai, estabelecendo-se nos Estados Unidos como actor e modelo. Daria um tiro no pé ao apoiar publicamente a eleição de Donald Trump nas presidenciais de 2016, um dos primeiros actores ilustres a fazê-lo, o que lhe valeu um cartão vermelho das elites de Hollywood. </span></div></div></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-22244631963809007892021-06-01T17:00:00.081+01:002021-06-01T19:19:42.329+01:00Die Hölle von Manitoba (1965 / Realizador: Sheldon Reynolds)<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIBOprEvYxJGwKJjv-M61ZWrQbucHxkSjEH8TOKvQ3zQ4j6duvmcQU9ltprc54CgAWXaLPpIlGvXvA129hT01ZSI_oCGhENwpr8T7VAcaIxbzPfj5rnoeaoAYav697baCb-qPLhL8OefA/s16000/Die+H%25C3%25B6lle+von+Manitoba_poster.png" /><div><span><div style="text-align: justify;">Como aludido num artigo relativamente recente, ando com ganas de descobrir um pouco melhor o western alemão que é para mim um terreno ainda muito pantanoso e que sempre olhei com desdém. O filmezinho escolhido para essa mais recente sessão foi este “Die Hölle von Manitoba”, mas que foi lançado em Portugal como <b><a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Manitoba" target="_blank">“Um Lugar Chamado Pólvora</a>”</b>, titulo que para variar faz maior justiça que a maioria das alternativas usadas por esse mundo fora. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O elenco do filme conta com dois nomes bem conhecidos dessa facção de produções teutónicas: O norte-americano Lex Barker e o francês Pierre Brice. A dupla que ficou famosa em terras germânicas (e não só) pela participação na longuíssima saga Winnetou. Em comum com esses filmes apenas o passo lento. Já as habituais escaramuças entre índios e cowboys, nada! Também aquela fotografia lindíssima desses filmes, kaput! </div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYDz3-kK9Eo0REvIfU0PvnUCROLslWoah7f37K-vQTtNfAphMs7TMiTHyaEByjGJ-_GYl7CchRlc5WCjGTgnvQ_EsLIOZYfMa4wAKna5GqH7C6EjKy0tQpvd9SSJ7DLncBaT_9FpZULDI/s16000/vlcsnap-2021-05-22-17h04m49s316.png" /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Lex Barker, sempre impecavelmente apresentado. Consta que não gostava de usar chapéu!</span></div><span><div style="text-align: justify;"><br /></div></span></div><div><span><div style="text-align: justify;">Na verdade, ao contrário da generalidade dos westerns alemães, as filmagens deste “Um Lugar Chamado Pólvora” foram realizadas nos estúdios Balcazar (Barcelona, Espanha) que geralmente conferem menos possibilidades aos cinematógrafos. E neste caso as filmagens em exteriores contam-se mesmo pelos dedos, o que é uma perfeita desilusão e dá um certo toque low budget ao filme. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Além dos dois mencionados pesos-pesados, o filme conta ainda com uma boa porção de carantonhas do costume, muitas delas reconhecidas do grande público graças ao conhecidíssimo “Por Um Punhado de Dólares” de Sergio Leone, lançado apenas um ano antes. E não são só os feiosos que daí derivam, o paralelo estende-se mesmo até à estrela feminina, Marianne Koch. A Marisol do supramencionado, para referência dos mais esquecidos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz7I4wLb7GxvfUOTEeD2UOL2CyNA-ZVRvCKhYs85e2oCOsSVGd8dsAAwM7Nv92Lb0AiRElFLNbZ8OYpecTvqzNfP_njCty-rp_s1ljlPYjdfjVgyQhwOIn15TV2XVQQasWkSKWpso4T6o/s16000/vlcsnap-2021-05-22-17h05m11s319.png" /><span><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Estes malandros vieram ao restaurante, mas só já estão a servir chumbo quente.</span></div></span></div><div><span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Clint Brenner (Lex Barker) e Reese (Pierre Brice), dois pistoleiros de aspecto simpático e sempre impecavelmente penteados e barbeados, cruzam caminhos nos arredores de Powder City, onde acabam por passar tempo suficiente para cimentar uma breve amizade. Nessa cidade, para não variar, existe uma rixa em curso entre um sacana ultra ganancioso e um dos rancheiros locais. Os dois pistoleiros acabam por dar uma mãozinha a este último e nem precisam de fazer muito esforço dada a fraca astucia dos capangas. Aliás, o desenvolvimento da vilanagem é francamente fraco em todo o filme. O que faz grande mossa nas contas finais. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Depois de resolvida a situação entre os meliantes e os nossos heróis de ocasião, os dois pistoleiros lá seguem para novo destino, Glory City. Aí os manda-chuvas locais organizaram um duelo com hora marcada, para alegrar as hostes nas festas locais. Uma espécie de equivalência com as largadas de touros aqui nas Festas do Barrete Verde da minha terra adoptiva. Estranhamente os dois homens são justamente as estrelas alinhadas para esse duelo, algo que só descobrem nesse derradeiro momento. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDysoiAjcNjeVsVgZhWu6WIWfQoUdPl5VZhkHqlBjtarlZdVAeKe4fw9bss24GL5JD8FiAnV3DQw35Gjk5mVdYXCzXglczYh305WjRTDgM-343rLO_hFGrbQbveP5Nq7G2iGkKSFpqtuQ/s16000/vlcsnap-2021-05-22-17h10m09s206.png" /></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">A grande cena de acção está prestes a começar.</span></div><div><div style="text-align: center;"><span style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></span></div><span><div style="text-align: justify;">Ora, esta parte final da acção cria uma espécie de anti-climax, demasiado mau para ser verdade! Tornando, na opinião deste escriba, um filme que até aí era simpático, numa profunda perca de tempo. Lá fora o filme é geralmente conhecido como “Um lugar chamado Glory” ou “Desafio em Glory City”, mas o título em Portugal é o mais feliz, pois para mim a coisa resolvia-se logo pós embate na tal Powder City (lá está, a cidade chamada Pólvora), onde se passa a maior parte da acção, e mandava os últimos 15 minutos para as urtigas!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Vamos mas é dar uma vista de olhos neste belos posters italianos para alguns dos filmes com Lex Barker no papel de Tarzan. Estes filmes passavam frequentemente ao fim-de-semana de manhã na RTP2 e por serem tão pequenos grava-os no excedente de fita das VHS!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhOWqCFwhcA_7PFHkozqRDfnbQhse2nFip4M9bJYALDSRcBh3LrxsQzXqhD65CeIpViUaAj0lZLcK_ETx6_akUr9Nbn7PQNr0PuD61S646yrU-rhtMnLFnVeKNojm_wyyzf2g2GApYAPtQ/s16000/tarzan+lex+barker+1.png" /></div><div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Tarzan e a Fonte Mágica (1949)</span></div><span><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwtWy2R3kPP0hRcwSRxK1nglXxWS6HoWiYNlJPIwxZEV3sIimfI80jivUU513VAHfA6j2UQSsXiI8VtCjxrPd00-CBpShuIEq2_MTt7ZOLMvSWcwESBTvWAn9ChCbGCKgHtyo-DBae9Uw/s16000/tarzan+lex+barker+2.png" /></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Tarzan, Fúria Selvagem (1952)</span></div><div><br /></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZOzv1o20aPWfrOcSYMeWMWd7ikiLtZBb0iBHLOgzgRREeM6iGrRxj0aSlguk2Yn78O4BJDuIRl5jTs7RMeTGQVTTVmDVEO-F3LP6IkN5HR3r87baA9NJTZMY2fXFeinU67yQ37P850FY/s16000/tarzan+lex+barker+3.png" /><div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Tarzan e a Mulher Diabo (1953)</span></div><div><br /><div><br /></div></div></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-14406293106599203782021-05-15T00:46:00.005+01:002021-05-15T01:14:36.475+01:00Entrevista ao programa: Os Críticos Também se Abatem<div style="text-align: justify;">Ora aqui está a conversa que tivemos a propósito do nosso livro, <b>Por um Punhado de Euros </b><b>- O Génio de Leone, o caixão de Django e a loucura de Fidani,</b> com o generoso Pedro Nora, no seu programa <a href="https://www.facebook.com/abatecritico/"><b>Os Críticos Também se Abatem</b></a>, emitido pela Rádio Universidade de Coimbra. O dito pode ser ouvido para a posteridade em formato Podcast no link abaixo. Se tiverem tempo para matar, espetem-lhe um play!</div><div style="text-align: left;"><br /></div>
<iframe allow="encrypted-media" allowtransparency="true" frameborder="0" height="232" src="https://open.spotify.com/embed/episode/1xFr7euSAu2hDiGCNpmxyD" width="100%"></iframe>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-45238451413916645432021-05-09T13:00:00.005+01:002021-05-15T12:31:55.677+01:00El más fabuloso golpe del Far-West (1971 / Realizador: José Antonio de la Loma)<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHYYOFAKxDVHUxBQJ_z0E6RDzzgp-NLwxIMD_K0PEwgig1UDxyWT3g-4cFkJ9dAiEUc28KH-VSi7W6eBBOtyDGjyuaeBrZz4BkxseC6lGTr5k0ec1tnCv0pFehhrnuBkCMDbZ-DFswYsk/s16000/elmasfabulosowest.png" /><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O banco de Sun Valley, enterrado entre as montanhas do Nevada, tem a reputação de ser inexpugnável. Tal fama levou a que o cofre merecesse a especial confiança da indústria mineira que lhe deposita elevadas somas de ouro, mas um bando de trafulhas liderados por um fulano apelidado de Michigan engendra um plano para dar sumiço ao lote. O plano é tremendamente intricado e como exalta várias vezes o cabecilha aos seus acólitos: deve ser executado ao segundo. E de facto, mesmo com alguns percalços, realizam o golpe com sucesso. O pior vai ser movimentar a carga pesadíssima por entre as montanhas nevadas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-wH7n4Z-Orr04uN0vpD7eMaRIKW8GfuwRvXM-6wgp6IudKuTuvIm0kpdpvsdlOpCOnUqWaMMz7Y9AFvwLYDsInDV0gIL6qPyyPwFWTnecYQuZ4D6DKS1zFvGxh98n4TJKHeSDhLHUavI/s16000/vlcsnap-2021-04-10-17h37m32s096.png" /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Frank Braña trata de escavar o túnel.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Depois do golpe, os membros do bando seguem diferentes trilhos, o ponto de encontro entre todos está acertado, mas o relógio suíço do aprumadíssimo Michigan começa a atrasar quando os comparsas que ficaram com o encargo de levar a carroça com o ouro roubado tardam a aparecer no esconderijo da vilanagem. Os dois homens serão mais tarde encontrados cadáveres, a carroça feita num oito e o ouro, nem vê-lo. Os sinais parecem claros, os dois foram assassinados por alguém com conhecimento do plano, ou seja, alguém do grupo ficou ganancioso. Estão lançadas as bases para a desconfiança e paranoia entre o grupo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfyJ3JkVyQFakE0hquW1rHVLYDqfBp12V765Mk766AHyryhV5HHEs9wQeJDBPIfjY5-pmfMxjfKYb7EyzVER270BrimimxdSvXPmYzhsOF_e4e9PGBpcCMImvSSU8GjN7Yj-ixaKSg7-g/s16000/vlcsnap-2021-04-10-17h45m25s721.png" /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Spaghetti nevado, filme abençoado!</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">José Antonio de la Loma, um dos argumentistas mais activos do western europeu (<a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.pt/2013/03/los-pistoleros-de-arizona-1964.html">Pistoleros de Arizona</a>, <a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.pt/2015/02/tierra-de-fuego-1965-realizador-jaime.html">Tierra de fuego</a>, <a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2010/10/clint-el-solitario-1967-realizador.html">Clint el solitário</a>, <a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2011/07/professionisti-per-un-massacro-1967.html">Professionisti per un massacr</a>o, etc), desta vez assume também a realização, outorgando um filme inesperadamente vistoso e com um tom bastante distinto da generalidade das produções do género desta fase pós-Trinitá. A produção é compartida entre espanhóis, franceses e italianos, mas nota-se uma preponderância castelhana no elenco e estilo do filme. Esse elenco, diga-se, é de austeridade, não tendo havido provavelmente verba para um nome sonante para a liderança. Sobe então à tona o talento do omnipresente Fernando Sancho.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0W2O-4rh24yfUfBb_lVo67CdD4noLohOw0AnnuC5uLWwkByA48sBfwM52nO9Z3bjtqNUm6Uc1rDhM943zbf61gj1bs-Iszz5H6majawD83Wla5YBYnqhSYz-VpsNxGKzuNDT0RqncR-E/s16000/vlcsnap-2021-04-10-17h41m16s708.png" /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Não vales um chavo meu javardo!</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Apesar de não ombrear com outros westerns-spaghettis-nevados de maior reputação (<a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2010/05/il-grande-silenzio-1968-realizador.html">Il grande silenzio</a>, <a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.pt/2012/04/condenados-vivir-1971-realizador.html">Condenados a vivir</a>), é seguramente um filme que mereceria maior culto. Desgraçadamente, o filme andava meio perdido e até bem recentemente só se conseguia assistir através de transferências manhosas de velhinhas cassetes VHS. Para sorte dos garimpeiros do género, circula agora por aí uma versão ripada da televisão espanhola com qualidade de imagem irrepreensível. Então, quem sabe não seja esta a hora da sua redenção! Essa dita versão encontra-se em sítios mal frequentados e à falta de edições físicas nas lojas desse mundo fora, ninguém vos poderá chamar de piratas se lá o forem buscar. Arg, arg, arg!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-39613512403545930632021-05-02T17:35:00.004+01:002021-05-02T17:35:37.762+01:00O livro! <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi20n57N6FE_qnrwdsWSTCunHTwF9XGukeypsxbEbVZSxXaMKOPMOHd_F7htD91ROhoM2kSDHD27Le52Hn1_yeWe-tHD0wzOziR5dUndCYT3ntjQyCjrbRiEaHCdbdykbZbtgL1zGXiLro/s16000/178379498_4142235882534674_7866388367488791054_n.png" /><br /><div style="text-align: justify;"><br />Há alguns anos atrás, numa noite de copos no Príncipe Real em Portalegre, surgiu-nos a ideia de compilar algum do material do blogue e transformá-lo em livro. A ideia foi fermentando mas por motivos diversos acabou por não se materializar nos anos imediatamente seguintes e quase entrou na lista de projectos jamais acabados. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi em Dezembro de 2020 que existiu um novo clique e lá voltámos a meter mãos à obra. E fazendo partido do confinamento forçado, a coisa lá foi tomando forma. Conseguida finalmente a conclusão do escrito, lá iniciámos o bate-porta para editá-lo. Ao contrário das nossas expectativas esse processo acabou por ser mais simples que esperado e a <a href="https://www.chiadobooks.com/" target="_blank">Chiado Books</a> aceitou a parceria que se concluiu em tempo record. E assim, o livro <b><a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/por-um-punhado-de-euros-o-genio-de-leone-o-caixao-de-django-e-a-loucura-de-fidani" target="_blank">Por um Punhado de Euros - O génio de Leone, o caixão de Django e a loucura de Fidani</a></b> tornou-se realidade. <br /><br />A edição vem apadrinhada com um prefácio do amigo de longa data, António Furtado da Rosa, e conta com as fuças do grande Gordon Mitchell na capa. O dito está já disponível nas melhores livrarias portuguesas e em breve estará também à venda no Brasil, o que acreditamos alegrará os fãs do blogue do outro lado do Atlântico!<br /><br /></div><div style="text-align: justify;">Quem quiser obter uma cópia directamente dos autores poderá contactar-nos via email (pedro.dinis.pereira@gmail.com / emanuelneto25@gmail.com) ou via mensagem privada no nosso Facebook, <a href="https://www.facebook.com/blogue.porumpunhadodeeuros" target="_blank">aqui</a>. Mas se preferirem o prazer do dedilhar numa papelaria das vossas redondezas ou o conforto da compra online, estejam à vontade! Para este último meio, deixamos abaixo uma lista de links onde poderão encontrar uma cópia (sim, também há em ebook).</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: left;"><a href="https://www.chiadobooks.com/livraria/por-um-punhado-de-euros-o-genio-de-leone-o-caixao-de-django-e-a-loucura-de-fidani">https://www.chiadobooks.com/livraria/por-um-punhado-de-euros-o-genio-de-leone-o-caixao-de-django-e-a-loucura-de-fidani</a><br /><br /><a href="https://www.bertrand.pt/livro/por-um-punhado-de-euros-emanuel-neto/24734135">https://www.bertrand.pt/livro/por-um-punhado-de-euros-emanuel-neto/24734135</a><br /><br /><a href="https://www.wook.pt/livro/por-um-punhado-de-euros-emanuel-neto/24734135">https://www.wook.pt/livro/por-um-punhado-de-euros-emanuel-neto/24734135</a></div><div style="text-align: left;"><br /><a href="https://www.fnac.pt/livre-numerique/a8674993/Por-um-Punhado-de-Euros-O-genio-de-Leone-o-caixao-de-Django-e-a-loucura-de-Fidani#FORMAT=ePub#omnsearchpos=1">https://www.fnac.pt/livre-numerique/a8674993/Por-um-Punhado-de-Euros-O-genio-de-Leone-o-caixao-de-Django-e-a-loucura-de-Fidani#FORMAT=ePub#omnsearchpos=1</a></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com11tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-38416273280682834202021-04-25T22:31:00.001+01:002021-04-25T22:31:43.944+01:00Vamos a matar Sartana (1971 / Realizador: Mario Pinzauti, George Martin)<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_zsolri_oTmTjfZm5XJLHTMv7h_l4curVDhl4PzHOh_J4RlyPMlgY91Dn2EybgErKElM1JF_6c4hRT9ihsnilLro-_3bCdMHohs_mrJqh-pNG2gtXITnXSRxthJ_ye8rlK58PGvg5xcY/s16000/demasiadosmuertosparatex.png" /><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b>Greg:</b> «Eu sou filho do Demónio! Ele não se esquece do seu filho predileto!»<br /><b>Nebraska:</b> «Mas vais ser enforcado. E nem sequer o teu pai, o Demónio, te salvará!»<br /><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>“Fiat lux. Et facta est lux.”</i></div><div style="text-align: justify;"><br />O western-spaghetti mais misterioso, mais escondido e mais difícil de encontrar viu, finalmente, a luz do dia! Não se sabe em que caixão, sarcófago ou tumba este filme esteve conservado mas ele aí está! Não queremos saber do cheirete a mofo e a naftalina; ei-lo perante nós! As dúvidas eram tantas que, durante alguns anos, até havia boatos na Internet que diziam que o filme nem sequer tinha sido concluído e, consequentemente, não existia. Mas, se não existia, então porque é que o trailer do filme sempre esteve (e continua a estar) disponível no YouTube? O trailer de um filme que não existe? Mas isso faz algum sentido? Olhe que não! Olhe que não!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXoqaYuN0KRTzDNMWpi3-QQHHw0d8EqKjymyD9UXh42ehERgObPRGSMrqm8NgEhhgukk1TqVr7gUQs6gTdjzD4K3wOWQc_gC8rC71YiRNctG6U55vkU3LmNIZvOAdxkC5J33oF1RtqJ1o/s16000/vlcsnap-2021-04-25-21h16m26s279.png" /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">A inconfundível focinheira de Gordon Mitchell.</span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Essas teorias eram, à partida, muito duvidosas. As fontes mais credíveis nunca mencionaram essas supostas teorias da conspiração que sustentavam que este filme não passava de um “filme-fantasma”. Nada disso! Aliás, Marco Giusti escreveu no seu “tijolo” (atenção: o plural de “tijolo” não é “tijóis”), sempre fundamentado em depoimentos e entrevistas de algumas pessoas que participaram no filme, que <b><a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Vamos_a_matar_Sartana" target="_blank">“Vamos a Matar Sartana”</a></b> não era uma produção tão minúscula como à partida se pensava. Era uma produção bem organizada, profissional e, aparentemente, com folga orçamental. Mas a porra disto tudo foi quando o produtor Marco Claudio deixou de pagar os salários e o resto do pessoal ficou com as calças na mão! Consta que foi o ator George Martin, o protagonista do filme, que pagou o resto da empreitada do seu próprio bolso. O filme foi concluído e… misteriosamente desapareceu!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Meio século depois (sim, foram exatamente 50 anos!), o filme reergueu-se do mundo dos mortos! No dia 11 de abril de 2021, uma alma caridosa <a href="https://youtu.be/r8PlvYNkTwY" target="_blank">publicou no YouTube o filme completo</a> (versão espanhola intitulada “Demasiados Muertos para Tex”). Trata-se de uma cópia com qualidade de imagem sofrível mas, após tantos anos sem nada, que ninguém se atreva a chiar! É para ver, rever e não bufar! Nebraska Tex (Nebraska Clay, na versão original) é um tipo com tendência para se meter em sarilhos. Na primeira vez, o juiz foi indulgente e mandou-o embora. Na segunda vez, Tex já não teve tanta sorte e foi parar ao xadrez porque matou uns rufiões (em legítima defesa). O xerife, apesar de ser o seu futuro cunhado, não o grama nem com molho de tomate.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyq-KrCEBBCTB7MTy-doaykknlUo4hI2quyns1_V1IBC3085r5DPW-jDI4QpGr2gghCskNsWPk_Tu_QWNvSpqvvVU9H9cww4rlXJrfQT0FJc9KnWCmklVvC4wSQo1PX4nyrb4GEiD2ngY/s16000/vlcsnap-2021-04-25-21h18m34s116.png" /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Louco e Nebraska no hotel da barra cinzenta.</span></div><div><div style="text-align: justify;"><br />No cárcere, Nebraska Tex conhece um alucinado chamado Greg, o Louco (Gordon Mitchell). Dois cúmplices de Greg, Chet (Isarco Ravaioli) e a lindíssima Lena (Virginia Rodin) mandam uma mocada na pinha do xerife e libertam os prisioneiros. Um terceiro cúmplice, Pancho, o Gordo (Chris Huerta), aguarda por eles. Agora, o objetivo deste quinteto (Tex, Louco, Lena, Chet e Gordo) é muito simples: encontrar o tesouro escondido nas ruínas da igreja de Santa Virgínia. Perante tamanha humilhação, o xerife (Frank Braña) não se fica e vai-se a eles como gato a bofe!</div><div style="text-align: justify;"><br />O grupo tem uma longa viagem pela frente mas Tex conhece bem o caminho. A caça ao tesouro leva-os a atravessar montanhas, vales, florestas, rios, riachos e cascatas. Mas isto não é uma alegre excursão! Gordo leva um balázio nas banhas e morre. Louco cai (ou é empurrado?) de um penhasco, parte os cornos e morre. Chet e Tex andam à bordoada a ver qual deles é que aguenta levar mais papos-secos no focinho. Tex e Lena levam o caminho todo a “fazer olhinhos” um ao outro (ou como diriam umas pessoas que eu cá sei, “fazer pisquinhos” um ao outro). Terá o casal de pombinhos algum truque na manga?<br /><br /></div><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj28z8vJgfrvfmjWKUi5maprizCLCmVxOpGOWATVwHsyOjZH-T6ozomR-hnteUH_k8UUeEsgJWsjZsh3WkSO8fNXBOxyg8HX4tN5GmVZP3QRYTccgOMVUfqo1fzKTaJFhAlv_7oMxAVGGY/s16000/vlcsnap-2021-04-25-21h14m12s573.png" /><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: small;">Mas que grande cagaço que apanhei!</span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O desfecho desta aventura dar-se-á nos subterrâneos da igreja abandonada e nas mortais areias movediças de um pântano. Eu diverti-me imenso a ver este filme. É série B da cabeça aos pés e está claramente na linha dos míticos Tanio Boccia e Demofilo Fidani. “Vamos a Matar Sartana” representava o expoente máximo de western-spaghetti desaparecido, que ninguém sabia por onde andava, que estava praticamente esquecido, que nunca ia ver a luz do dia e que estava condenado a apodrecer num buraco qualquer. Ou seja, estava morto e enterrado.</div><div style="text-align: justify;"><br />Mas não! Afinal não estava morto. Ainda veio a tempo de estrebuchar, espernear, dar coices e gritar ao universo spaghetti a sua presença! Tudo isto faz lembrar a história do coveiro e do (suposto) morto. Após as cerimónias fúnebres, o coveiro começa a lançar umas pazadas de terra para a cova e eis que acontece isto:</div><div style="text-align: justify;"><br /><b>Morto:</b> «Alto lá, amigo! Então não vê que eu ainda estou vivo?»<br /><b>Coveiro:</b> «Vivo?! Tu estás é mal enterrado, homem!»</div><p style="text-align: justify;"><br /></p></div></div></div>Emanuel Netohttp://www.blogger.com/profile/03022410534448999541noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-69649877978924939932021-04-10T14:45:00.001+01:002021-04-10T14:45:53.769+01:00O' Cangaceiro (1969 / Realizador: Giovanni Fago)<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBYww8OIUGwhXyQok954BGIXnISVVKm0PQ-xjJm9hjo5aCYlZhv7aatH-ydKGF0turPdiGtt3RFOj2IGs7nMtK1ON0Y3d__phX1ZywMKTd87ZB9aLR0BE2IicJ1ik6tPT-WBFXhHOBNr4/s16000/cangaceiro_poster.png" /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Nosso querido spaghetti westerns sempre soube experimentar novos horizontes. Seja na ‘politização’ dos chamados zapata westerns, que também transferia o tempo espaço, da região fronteiriça entre Texas e México, em meados da segunda metade do século XIX, para o coração da revolução Mexicana na virada para o século XX, vide filmes como <a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2009/10/quien-sabe-1967-realizador-damiano.html">“Quién Sabe?”</a> ou <a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.pt/2013/12/tepepa-1968-realizador-giulio-petroni.html">“Tepepa”</a>. Seja no humor cartunesco da dupla Terence Hill e Bud Spencer. O fato é que o faroeste italiano sempre procurou renovar, e <b><a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Canga%C3%A7eiro,_O%27">“O’ Cangaceiro”</a></b>, se não criou escola, pelo menos é um dos exemplares mais curiosos. Filmado no Brasil, trocando o western norte-americano pelo nordeste brasileiro, pistoleiros por cangaceiros. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span><span style="font-family: inherit;">Cangaço, para quem não está familiarizado, foi um fenômeno social que ocorreu nas regiões áridas do nordeste brasileiro, entre o século XVIII e meados do século XX. Os cangaceiros eram bandos de bandidos nômades, que atravessam a região, saqueando cidades e enfrentando autoridades. Há quem veja nos cangaceiros uma espécie de resposta da miséria dos camponeses ao descaso do Estado. O cangaceiro mais famoso de todos foi Virgulino Ferreira, o Lampião.<span style="white-space: pre;"> </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="white-space: pre;"><br /></span></span></div><div style="text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOq12i6RhslEkbY1YXcqQA_MwqkbZG5UUEtFiYRw8vLh7OdZVImfK0cdf1-9FvraV47-ZAbQn-Gfdj-X1LSdibAWP3pbjPh952XMRbNynj7IZtPr_jjwI-PW-p30XNjThXdjN-45CtqNY/s16000/cangaceiro_1.png" /><br /><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Filmado na região da Bahia e Pernambuco, “O’ Cangaceiro” (essa apóstrofe no “O” colocado pelos italianos, é algo completamente alienígena a língua portuguesa, mas deixamos assim não pode ser confundido como “O Cangaceiro” (desta vez com grafia correta), clássico do cinema brasileiro de 1953, dirigido por Lima Barreto, uma obra grandiosa, com influências dos westerns de Ford e Hawks, até o cinema de Serguei Eisenstein, e que inaugurou um filão de filmes de cangaço, que no Brasil ficou conhecido como ‘nordestern’, filmes que são inseridos também nos chamados “feijoadas western”, faroestes filmados no Brasil. Mas voltamos ao spaghetti de 1969. </span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Esta co-produção entre Itália e Espanha abre com a música “Mulher Rendeira”, clássica do cancioneiro nordestino, cuja autoria da letra é atribuída a Lampião. </span><span style="font-family: inherit;">O filme começa com soldados indo matar cangaceiros, infringindo um massacre indiscriminado na região, incluindo homens inocentes, mulheres e a vaca do pobre camponês Espedito (nosso querido careteiro Tomas Milian), que sobrevive a matança e cai nas mãos de um velho eremita, com ares de Antônio Conselheiro (o mais famoso lunático religioso do sertão), reparem na jovem moça que anda com o velho, pequena participação da Baby Consuelo, que mais tarde se tornaria uma famosa cantora no Brasil. </span></div></span><span><div style="text-align: center;"><br /></div></span></div><div><div style="text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgWAYydRkBmfp1Ke0MADGWo95foALS64qSEyzALeYlXHgZJlaG5k59DTK26vfZwWk3ZQl8VC2h3loKXUPFKUbKmDV3PIheFWgzjrT7JbWbpuL42yfMrlsM7B8MLdB_kkin6DA5Ohfg1bk/s16000/cangaceiro_4.png" /></div><span><div style="text-align: center;"><br /></div></span><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Depois Espedito passa também a sair por aí pregando, como um místico louco pelo deserto brasileiro, aliás, uma figura marcante no imaginário latino-americano, que nos remete ao São Sebastião de “Deus e o Diabo na terra do Sol” de Glauber Rocha (personagem que inspirou o de Klaus Kinski no supracitado “Quién Sabe?”), seja no “Simão do deserto” de Buñuel, ou nas figuras errantes de Jodorowski em <a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/El_topo">“El Topo”</a> e <a href="https://www.imdb.com/title/tt0071615/">“Holy Mountain”</a>. </span><span style="font-family: inherit;">O fato que a fase de ‘pregador’ de Espedito não dura muito, o pobre coitado é preso durante um festejo do exército a uma figura do clero. Na cadeia libera uma rebelião e assim acaba se tornando ele próprio um cangaceiro. </span></div></span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Entra em cena o holandês Vincenzo Helfen (Ugo Pagliai), que trava conhecimento de expedito numa cena bem curiosa. Na verdade o holandês trabalha para uma companhia de petróleo, e junto com o Governador do Estado (o meu vilão favorito dos spaghetti westerns, Eduardo Fajardo), monta um plano mirabolante para limpar a fictícia região de Águas Brancas, que é tão infestada de petróleo quanto de cangaceiros, eles aliciam Espedito a acabar com grupos rivais, em troca lhe dão anistia pelos crimes e uma bela fazenda. Para selar o acordo segue uma interessante cena de um jantar na casa do governador, onde se contrasta a ‘civilidade’ dos brancos ricos presentes, com a selvageria dos brutos cangaceiros. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div></span></div><div style="text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpp4MmkZkhyphenhyphenPfMDK2Ei0jyDXLKHaaCXOlussexQA2I-YAk56Q4pn30qmeVyRcUeWeVkOfb2N0erSHcNUiaZpa1CRHF_k3Sgf1oOKNlzMQfkaUnMIb15wDKgjpgNM7zTeTwPYnq3Fwwx2E/s16000/cangaceiro_2.png" /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br />Segue com Espedito matando impiedosamente seus rivais, mas no fim acaba sendo atraiçoado pelo Governador (esperado, afinal, não se pode confiar em Eduardo Fajardo!), que manda gangstêrs ítalo-americanos, munidos com suas machine guns, para darem cabo nos cangaceiros (o surrealismo aqui não tem limites). Porém, o embate final será entre Espedito e o Governador. </span></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">“O’ Cangaceiro”, que no Brasil foi rebatizado como “Rebelião dos brutos’, e nos EUA como “Viva Cangaceiro”, é um filme curioso, não só pelo fator geográfico, único no cinema feito no país da bota, mas por certos elementos, como a relação ambígua entre Espedito e o Holandês, que me remeteu a fórmula dos Zapata western, onde um nativo, ingênuo e bruto, cai nas lorotas do europeu educado (vide “Quien Sabe?”, </span><a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.pt/2013/07/il-mercenario-1968-realizador-sergio.html" style="font-family: inherit;">“Il Mercenario”</a><span style="font-family: inherit;">, </span><a href="http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2020/02/vamos-matar-companeros-1970-realizador.html" style="font-family: inherit;">“Vamos a Matar, Compañeros”</a><span style="font-family: inherit;">, </span><a href="https://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com/2020/06/giu-la-testa-1971-realizador-sergio.html" style="font-family: inherit;">“Giu là Testa”</a><span style="font-family: inherit;">, e por aí vai).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></div></span><div style="text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS5ILxqhYvlikKIZT1uFbQbNwQCNvfH0d2PKw3NiE52Jo_qxLwkdjqdxNcN_8b3YDgzGZk3GPwIIJPsvrhKDmUFv9rHaqb7ocdkfY3wEkKG5UxL5Tds-U_ShQH2h0gG0vZU8mhPRU0TuQ/s16000/cangaceiro_3.png" /></div></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Giovanni Fago, em seu terceiro filme como diretor, e primeiro como roteirista, conduz o filme com segurança, a trilha de Riz Ortolani é carregada de influências da música brasileira, isto quando não desbanca para um samba puro ou resgata canções locais, como o caso de “Mulher Rendeira”, a fotografia de Alejandro Ulloa explora bem os cenários desolados da caatinga brasileira.</span></div></span></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-family: inherit;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Embora eu more no outro lado do país, fiquei sabendo, há pouco tempo, que o falecido pai de um conhecido meu, que andou pelo nordeste no final dos anos 60, chegou a fazer figuração neste filme. Pena que descobri isto tarde demais. </span><span style="font-family: inherit;">No fim das contas, “O’ Cangaceiro” transcende o mero fator de curiosidade e é um bom spaghetti western, ainda que atípico. </span></div></span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><blockquote class="tr_bq"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMSCnrSwODn2MPv8YIra31Xw7mPX_7lIc-NGoGA6obLJYWwdzJCYYDXy44BuFhSmArraxUmrEzmM7Nj_2QtjuEe1ey0qJVi6IXn9oo_8cB8ApnSNwLt4YLgmrEpi5NX4PIAQEFVR3emHs/s141/blob.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="141" data-original-width="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMSCnrSwODn2MPv8YIra31Xw7mPX_7lIc-NGoGA6obLJYWwdzJCYYDXy44BuFhSmArraxUmrEzmM7Nj_2QtjuEe1ey0qJVi6IXn9oo_8cB8ApnSNwLt4YLgmrEpi5NX4PIAQEFVR3emHs/s16000/blob.png" /></a></div><div style="text-align: justify;">Resenha pela pena do <b><a href="https://www.facebook.com/paulo.blobkowski.5">Paulo Blob</a></b>, só um brasileiro poderia escrever com propriedade sobre o tema do cangaço. O Paulo é um companheiro de longa data, é adepto do mais variado cardápio cinéfilo, incluindo o nosso western-spaghetti. </div></blockquote><div style="text-align: center;"><br /></div></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5056334992800728842.post-73017123686330357662021-03-15T21:58:00.007+00:002021-05-24T22:05:22.343+01:00Die schwarzen Adler von Santa Fe (1965 / Realizador: Ernst Hofbauer e Alberto Cardone)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBaTXDNRsfSbkWQlgDS-RkeqVIPQ8ag7vVKt9Embe1HsnmELT0BP0DLx8LSR9JzbRu1lB-J-Oz7MhSq7RlLLzmWz3J92QaiAVDNb2htQIHZdIUrRjy5eKa2zH3a5Zu6UzIQX7DXkQE50c/s500/ost.png" style="margin-left: 0em; margin-right: 0em;"><img border="0" data-original-height="498" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBaTXDNRsfSbkWQlgDS-RkeqVIPQ8ag7vVKt9Embe1HsnmELT0BP0DLx8LSR9JzbRu1lB-J-Oz7MhSq7RlLLzmWz3J92QaiAVDNb2htQIHZdIUrRjy5eKa2zH3a5Zu6UzIQX7DXkQE50c/s16000/ost.png" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por alguma razão o western alemão tem ficado de fora aqui no blogue. Hoje é dia de começar a mudar isso e quem sabe não haja até espaço para os famosos filmes da saga Winnetou num futuro não muito distante. Sem promessas que o amanhã é cada vez mais incerto. De recordar que estas produções germânicas até se anteciparam ao boom que chegaria mais ou menos a meio da década de sessenta com o sucesso dos filmes de Leone e consequente entrada a pés-juntos de mais umas centenas de produções ítalo-espanholas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="213" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghPJdNhCe85mECXFddnbuBetSkS3wHCJotxoS-ZEWlHBnue68K95KrlBYC47Ny_K5O1BW2yIX71Lq_1qTZFtFxuaoDtiNZo8qozSkpbRW0XZkAvpTmtPG8FZvD_epJxJoKUdwEDUf_yuA/s16000/screen_1.png" /><br /><span style="font-size: x-small;">Sim, é um verdadeiro filme de índios e cowboys.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Este <b><a href="https://www.spaghetti-western.net/index.php/Schwarzen_Adler_von_Santa_Fe,_Die" target="_blank">“As águias negras de Santa Fé”</a></b>, surge nessa fase em que os italianos ainda estavam a dar os primeiros passos, mas ao contrário daquilo que se tornaria imagem de marca dessas propostas transalpinas, este filme tem pé firme nos moldes do western clássico. Usando a típica trama de arrufos entre índios, colonizadores e a cavalaria pelo meio a dar bardoada. Ou seja, aquele tipo de western que um olho menos treinado terá dificuldade em distinguir dos centos de westerns americanos de série b. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O fazendeiro Morton (Werner Peters) toma conhecimento da existência de depósitos de petróleo numa reserva índia que faz fronteira com suas terras. De forma a se livrar dos índios e dos soldados do forte mais próximo, trata de incitar uns contra os outros simulando assassinatos mútuos. É então que Washington envia o agente secreto Cliff McPherson (Brad Harris) para o forte que, com a ajuda do jornalista Blade Carpenter (Horst Frank), também recém-chegado, vai resolver o imbróglio. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="214" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivV2tRtPITvqooTBeUpvfX-VCAXJkwyB0vuMQXamBeT_X6cTDmYDUytJYToG9A9feONYOVdxbF4MaT7QBQZ_yPXIjv_MV2UqKukiMHu4hUSwwbfbzJveRJeW_uLqzboOXVPt3Dvtc_WGM/s16000/screen_3.png" /><br /><span style="font-size: x-small;">Brad Harris recebe o status da situação.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O filme é assinado por um tal de Ernst Hofbauer, que depois dele rapidamente derivou para outras cavalgadas, assinando uma porção considerável de filmes do género euro-erótica, com especial input na franquia Schulmadchen Report/Schoolgirl Report, que nem me arrisco a dizer quantos capítulos teve e que frequentemente faziam parte da programação do Canal Sur nos inícios de noventas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esse atalho divergente do realizador tem levantado duvidas aos garimpeiros do western europeu. Ao que parece a segunda unidade terá ficado à responsabilidade de Alberto Cardone, ora atendendo à apetência deste para os westerns e à mais que certa inaptidão do tal Ernest, pode até ter havido aqui uma inversão de papeis. É mais um daqueles mistérios que provavelmente nunca se irá decifrar. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="212" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2rhugae2tmljhXAZx7jfgTG-Ovc9vfPN6UxaBWXNItvnq2yM7tMXCdeMwTknG7X4wNemKpf8k6dVYKkK4Lq6Ut9VSX8LpENfhOOCf5Fy9Cl3JJb-zwl9z0Qpq4TLuakHXJz7leua6GX8/s16000/screen_6.png" /><br /><span style="font-size: x-small;">Horst Frank só queria ir ás festas do colete encarnado, mas acabou numa cilada.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O elenco do filme é naturalmente repleto de actores germânicos, o que pessoalmente é algo que me agrada nestas produções, pois permite-me descansar daquelas fronhas omnipresentes do western-spaghetti. Desse grupo poucos foram os que transitaram depois para o <i>western all’italiana</i>. Mas há excepções, claro, Horst Frank por exemplo tornar-se-ia nos anos seguintes num dos vilões mais requisitados em Itália, entregando invariavelmente grandes interpretações. Um actor de mão cheia, que é por regra ofuscado pelo génio de outro actor alemão em voga na época: Klaus Kinski.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas como qualquer filme europeu a multinacionalidade faz parte da receita, havendo neste caso um americano e um italiano nos papeis principais, Brad Harris e Tony Kendall. Ambos participaram em diversos filmes alemães, mas Kendall parece ter-lhe tomado o gosto ficando por muitos anos agarrado à personagem Kommissar X. Franquia euro-spy de sucesso, que contou com muita mão de obra italiana (Parolini, Mauri). Aliás, ele andou tão atarefado por lá que quando enturmou no western italiano este já caminhava a passos largos para a extinção.<br /><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="213" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGKyI9sgEswGnpfuRsEKWuQuKvlTNpR53Tmq5qYprjLWxWFNdgzVC7gR8Fs3ftegxmnCNKhOdsG8R5jbCfsac1iNnUt1l4q4nETpSQMwa84bcjX5ew1utfhwdlUy_72YHQH8rjGQV3TFk/s16000/screen_5.png" /><br /><span style="font-size: x-small;">Foste enganado pelo cara-pálida amigo. Que vais fazer?</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E uma curiosidade antes de vos deixar ir embora. Outro nome relativamente sonante do filme é o da actriz checa Olga Schoberová. O papel dela no filme é curtinho e desinteressante, sem real motivo de nota. Ela e Brad Harris tornar-se-iam um casal alguns anos depois. Os bons ares da rapariga levaram-na à capa da Playboy e à contratação pela Hammer, tornando-se com isso uma referência na sua terra natal. Já o casório com o nosso amigo Brad Harris nem deu para aquecer.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOMf9K1Zj-C1y1zoz3v2zZM4vV4lxp5ev48SU9bNfHP4pdYDN1msRCXrUfR6I2iYDr_rwnIu3VLFALZKrZ-52eVvd0EEmqzbXBsiLSL7MpSS2kP_DisjWBMnx-iD4DCy58twWON_vjskk/s679/Olga+Schoberov%25C3%25A1+Playboy.jpg" rel="" style="margin-left: 0em; margin-right: 0em;"><img border="0" data-original-height="679" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOMf9K1Zj-C1y1zoz3v2zZM4vV4lxp5ev48SU9bNfHP4pdYDN1msRCXrUfR6I2iYDr_rwnIu3VLFALZKrZ-52eVvd0EEmqzbXBsiLSL7MpSS2kP_DisjWBMnx-iD4DCy58twWON_vjskk/s16000/Olga+Schoberov%25C3%25A1+Playboy.jpg" /></a><br /><span style="font-size: x-small;">Olga Schoberová na capa da Playboy de Março de 1964.</span></div>Pedro Pereirahttp://www.blogger.com/profile/10586097687612591043noreply@blogger.com3