1.05.2016

Per pochi dollari ancora (1966 / Realizador: Giorgio Ferroni)


Um ano após “Un Dollaro Bucato”, o ator Giuliano Gemma e o realizador Giorgio Ferroni juntaram-se novamente para mais um western. Além de Gemma e Ferroni estão também presentes os suspeitos do costume, nomeadamente Nello Pazzafini, Benito Stefanelli, Pepe Calvo, Dan Vadis e a beldade Sophie Daumier. É um western ambientado nos anos da Guerra Civil Americana, o protagonista chama-se Gary Hammond, é um oficial sulista e é destacado para uma missão secreta de cariz militar. Em companhia de outros dois militares (mas todos vestidos à civil) o objetivo é alcançar Forte Yuma e entregar um documento de extrema importância que contém segredos militares. Mas a vida de espião é complicada, várias traições acontecem e, num momento de desespero, Gary esconde a mensagem na mala de viagem de Connie Breastfull, uma bela e espampanante corista que também se dirige para Forte Yuma. 

Giuliano Gemma rodeado de rufiões.

Como é difícil viajar pelo país em tempos de guerra, Connie consegue um salvo-conduto assinado pelas autoridades militares graças a meia dúzia de mentiras que lhes contou. Mas Riggs e os seus sabujos estão alerta, têm Gary e Connie debaixo de olho e não perdem tempo: Connie é presa e Gary é torturado (de tal modo que fica temporariamente cego). Quando Gary finalmente readquire a visão não há meliante que escape aos projéteis da sua pistola. No fim, Gary cumpre a sua missão e fica com a miúda. 

Demasiada emoção para Sophie Daumier.

Os anos de 1965 e 1966 foram anos muito intensos para Giuliano Gemma. Muito trabalho, muitos westerns (quase todos grandes sucessos de bilheteira) que fizeram dele uma vedeta e um ídolo das massas. “Per Pochi Dollari Ancora” tem muitas semelhanças com “Un Dollaro Bucato”. Talvez até demasiadas. E o inevitável “final otimista” de ambos os filmes está lá, como era apanágio nessa fase do western italiano.

Pepe Calvo não sobrevive.

Era apenas uma questão de tempo porque foi a partir de 1966 que outros cineastas começaram lentamente a abandonar o típico final de “protagonista salva o mundo e fica com a gaja” para passar a ser mais comum o final pessimista de “o protagonista morre e ela casa com o cavalo”.

Outros lobbys germânicos:
  

7 comentários:

  1. Giorgio Ferroni, tal como muitos outros realizadores italianos, também se aventurou nos filmes mitológicos antes de fazer westerns. Um desses registos foi LA GUERRA DI TROIA, com Steve Reeves no papel de Eneias.

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  2. Belo filme. Decalcado do Dólar furado mas ainda assim, belo!

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  3. Por acaso não sabia qual era o título deste filme em Portugal mas GRINGO NÃO PERDOA é um título adequado e oportunista porque pouco tempo antes Giuliano Gemma tinha protagonizado outro grande sucesso ADEUS, GRINGO, de Giorgio Stegani e assim achou-se bem copiar a palavra "gringo" para o título do filme.

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  4. Espertos. Mas no Brasil ainda foram mais: "Ringo não Perdoa"

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  5. Faz sentido! Os nomes "Ringo" e "Gringo" estavam sempre ligados a Gemma. Depois veio o nome "Django" e a partir daí foi um fartar vilanagem!

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  6. Naquela época meu ídolo dos filmes de espada, principalmente SPARTACUS era Dan Vadis. No entanto, Giuliano Gemma era unanimidade. Todo mundo gostava de Ringo. Quando meus colegas viram Dan Vadis brigando com Giuliano Gemma, todo mundo ficou irritado e Dan vadis foi perdendo o cartaz entre nós...Risos...Saudade das velhas matinês...

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  7. Nos anos 70 Dan Vadis passou a ser um ator que regularmente aparecia nos filmes de Clint Eastwood, nomeadamente no western HIGH PLAINS DRIFTER.

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