3.01.2016

El Macho (1977 / Realizador: Marcello Andrei)

Argentina VS Uruguai num western italiano! De um lado temos Carlos Monzón, ex-pugilista profissional nascido na Argentina e campeão mundial na categoria de pesos-médios em 1970. Do outro lado temos Jorge Hill, aliás George Hilton, ator uruguaio que fez uma longa carreira em Itália (este foi o seu último western). Juntos protagonizam “El Macho”, um western que aposta no carisma de uma celebridade latino-americana do mundo do desporto (neste caso, o boxe). Também há quem diga que Carlos Monzón foi escolhido por ter algumas parecenças com Charles Bronson. Será verdade? El Macho é um batoteiro especialista em jogos de cartas e que, curiosamente, tem traços fisionómicos muito semelhantes a Buzzard, um bandido que foi morto pelas autoridades e que trabalhava para Duke. A lei quer prender Duke mas desconhece o seu paradeiro. El Macho é então contratado para se infiltrar no bando de Duke para tentar desatar esse difícil nó. 
  
Porrada nesses cornos!

A única pessoa que percebe que El Macho é um impostor é Kelly, uma mulher que colabora com Duke mas que, a troco de uma percentagem, aceita manter-se calada e alinhar na farsa. Com mais socos e menos tiros El Macho trata do caso e, apesar de ser feio que nem um bode, as gajas vão todas na sua cantiga (é uma espécie de Don Juan da América do Sul).

Carlos Monzón, um pugilista transformado em pistoleiro.

Existem aqui alguns pormenores nunca antes vistos no subgénero tais como o protagonista tocar flauta, manejar “boleadoras” e, pasme-se, até há um “peep-show” no saloon! Carlos Monzón teve uma vida bem sucedida no pugilismo. Disputou oficialmente 100 combates e perdeu apenas 3. Fora do ringue as coisas não correram nada bem. Anos mais tarde foi condenado por ter assassinado a sua esposa e cumpriu 11 anos de prisão. Em 1995, Carlos Monzón faleceu num acidente de viação.

El Macho e o bando de Duke.

“El Macho” fica para a História como um western sem alma, sem chama e sem ideias. Resume-se numa simples palavra: fraco!

6 comentários:

  1. Um dos adversários que Carlos Monzon derrotou no ringue foi Nino Benvenuti, um atleta italiano que curiosamente também também participou em diversos westerns-spaghetti.

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  2. Realmente muito fraco.O Carlos Monzon canastrão até mesmo para um filme b,um enredo muito tolo,locaçoes e cenários pobres e o vilão (Duke) é excêntrico demais.Salva se o elenco com George Hilton,e as belas atrizes Maliza Longo e Suzana Gimenez.Para não ser duro demais com o filme,a cena do duelo é boa.Despedida melancólica de George Hilton no gênero.

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  3. Realmente muito fraco.O Carlos Monzon canastrão até mesmo para um filme b,um enredo muito tolo,locaçoes e cenários pobres e o vilão (Duke) é excêntrico demais.Salva se o elenco com George Hilton,e as belas atrizes Maliza Longo e Suzana Gimenez.Para não ser duro demais com o filme,a cena do duelo é boa.Despedida melancólica de George Hilton no gênero.

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  4. Nós aqui no blogue já escrevemos sobre vários filmes com o George Hilton e constatámos que a grande maioria dos seus filmes não tem qualidade.
    Digamos que Hilton é uma espécie de saco de pancada neste blogue.

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  5. Sim, mas há filmes porreiros com Hilton no cartaz, gosto muito do "Tempo de massacre" e do primeiro "Aleluia". Agora este, meus amigos, é fraco. O Monzon não foi feito para isto, enfim, vale pela curiosidade.

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  6. Realmente o homem tinha mais jeito para a sopapada do que para o tiroteio!

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