12.05.2017

Una Colt in mano del diavolo (1972 / Realizador: Gianfranco Baldanello

“Lembra-te que quando saíres daqui deves-me um favor”! Foi esta a frase que Sulky Jeremy Scott disse a Roy Koster quando ambos cumpriam pena de prisão com trabalhos forçados numa penitenciária. Jeremy matou um guarda (espetou-lhe uma picareta nos costados) para salvar a vida a Roy e agora este está em dívida para com o seu companheiro. Jeremy é executado e Roy sai da cadeia (não se percebe se fugiu ou se cumpriu a totalidade da pena) e vai até à cidade de Silver Town. Visita a viúva de Jeremy e os seus dois filhos, que ainda guardam muita raiva e ressentimento pelos crimes que o seu pai cometeu. Em Silver Town, Roy Koster tropeça num velho bêbado que inesperadamente se revela uma boa fonte de informações.

Ponham-se a pau comigo!

No dia seguinte, quando Koster quer saber mais… o velho aparece morto (enforcado). Toda a gente insiste em suicídio mas Koster não vai na cantiga. Este, após ter despachado uns rufiões à lei da bala, fica a saber exatamente o que se passou anos antes com o seu amigo Jeremy: tudo teve origem no assassinato de um importante homem de negócios e da sua neta. Ambos foram emboscados e mortos a tiro. A culpa caiu sobre Jeremy, que foi condenado numa audiência nada justa cheia de falsos testemunhos. Mas porque é que tanta gente mentiu em tribunal? Porque todos estavam borrados de medo de Warner, o “big boss” lá do sítio. Mas será que o verdadeiro culpado é assim tão óbvio?

Rédea curta!

Gianfranco Baldanello dirige o ator americano Robert Woods pela segunda vez num western (a primeira vez foi em 1968 com “Black Jack”). Filme de baixíssimo orçamento, com cenários e locais simples mas visualmente apelativos e com um elenco composto por veteranos: Robert Woods, William Berger e George Wang. A duração total do filme é de 90 minutos mas a versão atualmente disponível é de apenas 72 minutos!

Robert Woods distribui chumbo quente. 

Destaque para um momento absurdo: quando Roy Koster e Martha Scott estão a sós a conversar, o ambiente aquece e, sem aviso prévio, Koster crava umas valentes castanhas na cara da rapariga que até a derruba! Logo de seguida… ambos beijam-se apaixonadamente! Dir-se-ia que nesta situação aplica-se a ideia do “quando mais me bates mais gosto de ti”.

4 comentários:

  1. Eu gostei mas fiquei com a sensação que devia ter aqueles minutos extra.

    ResponderEliminar
  2. Eu não achei este filme nada de especial. Parece-me que da filmografia de Gianfranco Baldanello nada consegue destronar "Black Jack".
    De certeza que o filme não tem somente os 72 minutos mencionados na resenha. Mas não percebo o porquê de tantos cortes porque os índices de violência não são assim tão extremos e supostas cenas de nudez não existem!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Certo. Nem ombreira como me o Black Jack mas é agradável. Tenho o DVD italiano, trouxe de Florença. Edição numerada mas sem nada de extras e opções.

      Eliminar
  3. E não confundir o título deste filme "Una colt in mano al Diavolo" com outro western chamado "Una colt in pugno al Diavolo, de Sergio Bergonzelli.
    Da mesma maneira que "Giù la Testa!" e "Giù la Testa... Hombre!" não são a mesma coisa. O primeiro é de Sergio Leone e o segundo é de Demofilo Fidani.

    ResponderEliminar